O laboratório de diagnóstico Dasa informou nesta quinta-feira (31) que encontrou dois casos da nova variante do coronavírus em São Paulo. Esta é a mesma linhagem detectada inicialmente no Reino Unido, e que depois foi encontrada também em diversos países.
De acordo com o G1, o laboratório já comunicou a descoberta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Instituto Adolfo Lutz, laboratório público de São Paulo que é referência nacional em análises clínicas.
A detecção da cepa foi realizada após análise de 400 amostras de saliva, que permite detectar o código genético (RNA) do vírus. A confirmação de que se trata de uma nova linhagem foi feita por meio de sequenciamento genético, em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).
Pesquisadores afirmam que esta nova cepa do SARS-CoV-2 é mais contagiosa em 56%, o que traz preocupação principalmente em relação à ocupação de hospitais e enfermarias. Ainda é incerto se a nova cepa da COVID-19 é mais ou menos letal do que as outras cepas descobertas.
Detectada inicialmente no Reino Unido, a nova cepa já foi encontrada em vários outros países e continentes, como na África (casos foram detectados, por exemplo, na Nigéria), na Ásia (na Coreia do Sul) e nas Américas (nos Estados Unidos).
Esta não é a primeira mutação do novo coronavírus detectada em território brasileiro. No dia 22 de dezembro, uma nova linhagem do SARS-CoV-2 foi encontrada no Rio de Janeiro, identificada por meio de sequenciamento genético que teve como base 180 genomas do vírus em circulação no estado. Segundo pesquisadores, ainda não há motivo para acreditar que a nova cepa encontrada no Rio represente um risco maior para a população.