A preocupação está crescendo na Nigéria com as ameaças a dois líderes cristãos, Wilfred Anagbe e Remegius Ihulya, que testemunharam perante o Congresso dos Estados Unidos sobre os assassinatos em massa de seguidores de Jesus na Nigéria. Isso ocorreu em meio ao aumento de assassinatos e ataques a comunidades cristãs antes da Páscoa, na última semana.
Foi revelado que depois da declaração, Anagbe foi avisado pelo Ministério das Relações Exteriores da Nigéria para “tomar cuidado com suas palavras” antes de falar. Avisos anônimos separados foram passados também a Ihulya. Uma mensagem afirmava que “poderia haver” um mandado de prisão para o líder cristão. No entanto, a origem dos avisos permanece misteriosa.
O Ministério das Relações Exteriores da Nigéria tentou se defender, acusando os clérigos de deturpações. “Seus testemunhos deturpam os fatos e simplificam demais um desafio nacional profundamente complexo”, disse o Ministério das Relações Exteriores, depois de reconhecer as falas como um direito de liberdade de expressão garantido pela Constituição nigeriana, mesmo que não concorde com elas.
Fato é que o governo da Nigéria não consegue lidar com a violência contra cristãos causada pela perseguição religiosa. A recorrência de casos de sequestro como os de Chibok e de Leah Sharibu, ou os ataques em série que deixam milhares de mortos, feridos e sobretudo deslocados internos são reflexo das carências da comunidade cristã no país. Os que se levantam para denunciar essa realidade, como Deborah Samuel e Rhoda Jatau, perdem suas vidas, a liberdade, ou, como no caso dos dois líderes cristãos recentemente, se tornam alvos de ameaças e opressão.
Apesar dos desafios recentes, os cristãos viram como uma vitória a declaração recente do tribunal regional da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental reconhecendo as leis de blasfêmia da Nigéria como ilegais. A lei era usada regularmente para provocar execuções por multidões nas ruas, no Norte da Nigéria, daqueles considerados violadores da sharia.
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