O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu hoje uma “resposta dura” à dupla explosão que matou pelo menos 180 pessoas no sul do país. Outras 171 pessoas ficaram feridas, segundo a mídia estatal iraniana.
O que aconteceu
Explosões aconteceram ao lado do túmulo de Qassem Soleimani. A primeira foi ouvida perto da mesquita Saheb al-Zaman, na cidade de Kerman, onde está enterrado o general. A segunda explosão aconteceu cerca de 10 minutos depois. As informações são das agências estatais Irna e Mehr.
Vítimas estavam em procissão em direção ao túmulo do general. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até agora. Autoridades locais, porém, já tratam o incidente como terrorismo. Em entrevista a um canal de TV, Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman, classificou as explosões como um “atentado terrorista”.
O mal e os inimigos criminosos da nação iraniana voltaram a causar um desastre e mataram um grande número de pessoas queridas em Kerman. (…) Esta tragédia terá uma resposta dura, se Deus quiser. Aiatolá Ali Khamenei, em comunicado
Quem foi Soleimani
Soleimani foi morto em 2020 por drones das Forças Armadas dos EUA. Ele era encarregado das operações internacionais da Guarda Revolucionária do Irã e desempenhou um papel de liderança na guerra na Síria ao apoiar o presidente Bashar al-Assad e combater o grupo Estado Islâmico.
General era uma das personalidades públicas mais populares do Irã. Soleimani também esteve na linha de frente para ajudar e armar os grupos palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica, bem como o Hezbollah e as milícias xiitas no Iraque e na Síria. Após sua morte, o aiatolá Ali Khamenei decretou três dias de luto nacional.
Fonte: AFP.