Líderes árabes e muçulmanos pediram uma revisão dos laços com Israel após conversas de emergência em Doha na segunda-feira, após o ataque da IDF contra membros do Hamas na capital do Catar na semana passada.
A sessão conjunta da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica, que reuniu quase 60 países, buscou tomar medidas firmes após o ataque de Israel às autoridades do Hamas sediadas no Catar, enquanto discutiam uma proposta de cessar-fogo em Gaza.
Uma declaração conjunta da cúpula instou “todos os estados a tomarem todas as medidas legais e eficazes possíveis para impedir que Israel continue suas ações contra o povo palestino”, incluindo “rever as relações diplomáticas e econômicas com ele e iniciar processos legais contra ele”.
Não ficou imediatamente claro, porém, quais medidas práticas os países participantes poderiam tomar contra Israel.
Os países do Golfo, vizinhos do Catar, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, juntamente com Egito, Jordânia e Marrocos, estavam entre os presentes que reconheceram Israel.
Os líderes dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, que assinaram os Acordos de Abraão reconhecendo Israel há cinco anos, não compareceram às negociações de segunda-feira, enviando representantes seniores em seu lugar.
A declaração também instou os estados-membros a “coordenar esforços visando suspender a filiação de Israel às Nações Unidas”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegará ao Catar na terça-feira, após prometer “apoio inabalável” à meta de Israel de erradicar o Hamas durante uma visita ao país.