Autoridades de diferentes frentes defensoras da Palestina se encontraram em local não divulgado para discutir o que sua aliança deve fazer para “alcançar uma verdadeira vitória”.
Nesta quarta-feira (25), o chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, reuniu-se com vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, e o chefe da Jihad Islâmica (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), Ziad al-Nakhala para traçar estratégias sobre como “parar o ataque brutal ao povo oprimido de Gaza e da Cisjordânia”, informou o grupo libanês, segundo a Al Jazeera.
“Os líderes abordaram os últimos desenvolvimentos desde o início da operação Dilúvio de Al-Aqsa e os eventos que se seguiram em todas as frentes, incluindo os confrontos através da fronteira entre o Líbano e a Palestina ocupada. Sayyed Nasrallah avaliou com Nakhale e al-Arouri as posições internacionais e regionais, bem como as medidas a serem tomadas pelo Eixo da Resistência nesta fase crítica, a fim de alcançar uma vitória total e parar o ataque brutal ao povo oprimido de Gaza e da Cisjordânia”, disse o comunicado citado pela mídia.
Desde o ataque de 7 de outubro, o Hezbollah tem mantido trocas de tiros quase diárias com as forças israelitas ao longo da fronteira israelo-libanesa.
O grupo anunciou hoje (25) que mais dois dos seus combatentes foram mortos, aumentando o número de militantes mortos para 40 desde o início do conflito.
Ontem (24), o Ministério da Saúde disse que 704 palestinos, incluindo 305 crianças, foram mortos enquanto Israel intensifica a sua agressão contra o enclave.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) disse que o número de mortos de terça-feira (24) foi o mais alto relatado em um único dia desde o início do conflito.
Ao mesmo tempo, autoridades israelenses têm alertado o Hezbollah sobre escalada. Segundo Tzachi Hanegbi, conselheiro de Segurança Nacional do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Tel Aviv “passou mensagens” para o Hezbollah para desencorajar o grupo de se juntar ao Hamas em uma guerra contra o Estado judeu.
“Nosso objetivo é não sermos arrastados para uma guerra em duas frentes. Achamos que o Hezbollah não vai convidar à destruição do Líbano, porque não será menos do que isso se houver uma guerra lá”, disse Hanegbi, conforme noticiado.
Até o momento, o embate entre Israel e Hamas matou 1.400 israelenses e 6.500 palestinos.