Emmanuel Macron denunciou um “jogo perigoso” da Turquia na Líbia e declarou na segunda-feira que o recente incidente naval entre Paris e Ancara, perto da costa do país africano, demonstra a “morte cerebral da OTAN”.
Depois de uma reunião com seu colega tunisino Kais Saied no Palácio do Eliseu, o Presidente da França argumentou que as ações do governo turco na Líbia violam “todos os seus compromissos assumidos na conferência de Berlim” e pedem o “fim do interferência estrangeira e ações unilaterais daqueles que afirmam estar ganhando novas posições através da guerra” naquele país.
Macron enfatizou que “é do interesse da Líbia, de seus vizinhos, de toda a região e também da Europa”, acrescentando que ele fez as mesmas declarações durante uma conversa telefônica com Donald Trump no mesmo dia.
- A França acusa a Turquia de fornecer armas ao Governo do Acordo Nacional de Fayez al Sarraj (GAN) em Sarraj, violando o embargo das Nações Unidas e de se comportar “de forma extremamente agressiva” com uma de suas fragatas no Mediterrâneo.
- A Turquia, por sua vez, acusa Paris de apoiar o chefe do Exército Nacional da Líbia, Khalifa Haftar, cujas forças controlam a maior parte do país, e de ser o “subcontratado de certos países da região” na crise da Líbia, em referência aos Emirados Árabes Unidos e Egito.