O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na última quarta-feira (22) que seu país possui 5 mil mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa para enfrentar o que chamou de “ameaça militar dos Estados Unidos”.
A declaração foi feita durante um ato transmitido pela televisão estatal, no qual Maduro apareceu ao lado de integrantes do alto comando militar. O pronunciamento ocorreu após o governo de Donald Trump enviar navios de guerra, aeronaves, um submarino e centenas de militares ao Mar do Caribe.
Desde o início de setembro, o republicano autorizou bombardeios contra embarcações classificadas como “narcoterroristas”.
Maduro, por sua vez, considera a operação uma forma de “ameaça e assédio”, com o objetivo de derrubar seu governo, e já ordenou os testes dos equipamentos.
“Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S. A Venezuela tem nada menos que 5 mil Igla-S em postos-chave da defesa antiaérea para garantir a paz”, destacou o líder venezuelano.
Enquanto isso, o Exército dos Estados Unidos destruiu outra embarcação sob acusação de tráfico de drogas no Oceano Pacífico, matando três pessoas, informou o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Segundo o representante do Pentágono, nenhum militar ou agente norte-americano ficou ferido. O barco atacado já era monitorado pela inteligência dos EUA e estaria transportando entorpecentes por uma rota internacional de tráfico conhecida.
O ataque ocorreu cerca de oito horas após outra embarcação ter sido alvejada por forças norte-americanas, resultando na morte de mais duas pessoas. As ofensivas fazem parte de uma mobilização naval que os Estados Unidos afirmam ter como objetivo interromper o tráfico de drogas na região.
Fonte: ANSA.