Um evento sem precedentes teve ontem lugar em Erbil, Iraque, juntando líderes sunitas e xiitas e ativistas, exigindo que o Iraque se junte aos “Acordos de Abraão.”
A reunião foi ontem realizada na região curda do Iraque e reuniu 312 figuras relevantes iraquianas, tanto xiitas como sunitas, ativistas e líderes tribais, apelando à normalização das relações com Israel, acrescentando que o passo seguinte seria haver conversações “face a face” com os israelitas. As declarações conjuntas foram emitidas e assinadas num hotel da cidade de Erbil, capital da região curda no Norte do Iraque. A conferência foi organizada pela organização “Centro para as Comunicações de Paz”, sediada em Nova Iorque, que promove o avanço do envolvimento entre árabes e israelitas e a proteção de ativistas que apoiem a normalização.
Um dos preletores explicou que o grupo acredita na paz com Israel “para que possamos viver numa região estável que leva o conflito ao seu término. Acreditamos nisso, porque queremos que a nossa região seja pacífica, na qual Israel seja uma parte inseparável de um todo, e na qual todos os povos possam ter o direito de viver em segurança.”
“Exigimos que o Iraque se junte internacionalmente aos Acordos de Abraão” – escreveu Wisam al-Hardan, líder do movimento “Despertar dos Filhos do Iraque”, acrescentando: “Apelamos a plenas relações diplomáticas com Israel e a uma nova política de desenvolvimento mútuo e prosperidade.”
Os “Filhos do Iraque” formaram-se organicamente em 2005 com líderes tribais na província de Anbar e ex-oficiais do exército iraquiano aliados às forças dos EUA para combater a Al-Qaeda.
“Alguns de nós enfrentámos o Estado Islâmico e o Al-Qaeda no terreno de batalha” – escreveu Hardan, acrescentando: “Através do sangue e das lágrimas temos há muito demonstrado qu enos opomos a todos os extremistas, sejam eles jihadistas sunitas ou milícias xiitas apoiadas pelo Irão. Temos também demonstrado o nosso patriotismo. Sacrificámos vidas por amor a um Iraque unificado, aspirando à concretização de um sistema de governo federal, tall como estipulado na constituição da nossa nação.”
Classificando a expulsão dos judeus iraquianos como “o acto mais infame” no decínio do país, Hardan disse que o Iraque “deve reconectar-se com a totalidade da nossa diáspora, incluindo esses judeus.”
“Rejeitamos a hipocrisia em alguns sectores do Iraque que falam amavelmente dos judeus iraquianos, ao mesmo tempo que denigrem a sua cidadania israelita, e o estado judaico que lhe garantiu asilo.” Hardan afirmou ainda que as leis iraquianas que criminalizam os contatos com israelitas são “moralmente repugnantes.”
“Temos uma escolha” – finalizou Hardan – “tirania e caos, ou então legalidade, decência, paz e progresso.”
Classificando a expulsão dos judeus iraquianos como “o ato mais infame” no decínio do país, Hardan disse que o Iraque “deve reconectar-se com a totalidade da nossa diáspora, incluindo esses judeus.”
“Rejeitamos a hipocrisia em alguns sectores do Iraque que falam amavelmente dos judeus iraquianos, ao mesmo tempo que denigrem a sua cidadania israelita, e o estado judaico que lhe garantiu asilo.” Hardan afirmou ainda que as leis iraquianas que criminalizam os contatos com israelitas são “moralmente repugnantes.”
“Temos uma escolha” – finalizou Hardan – “tirania e caos, ou então legalidade, decência, paz e progresso.”
“A conferência não foi representativa da opinião da população e dos residentes nas cidades iraquianas, em cujo nome estes indivíduos supostamente falaram” – declarou o comunicado. O atual presidente do Iraque, Barham Saleh, ele também curdo, juntou-se às vozes de condenação. O poderoso clérigo xiita Moqtada Sadr apelou ao governo para “prender todos os participantes”, enquanto o deputado Ahmed Assadi, classificou-os como “traidores aos olhos da lei.”
Segundo o orgaizador, os mais de 300 participantes vieram de todo o Iraque, representando seis distritos governamentais: Bagdade, Mosul, Salaheddin, Al-Anbar, Diyala, e Babilónia.
Vários líderes curdos iraquianos têm vindo a visitar Israel regularmente nas últimas décadas, e os políticos locais têm abertamente exigido que o Iraque normalize relações com o estado judaico.