Uma série de ataques coordenados contra cristãos deixou dezenas de mortos e milhares de deslocados na região central da Nigéria, conhecido como Cinturão Médio. No estado de Benue, militantes fulani mataram mais de 40 pessoas ligadas à igreja de Makurdi, em Gwer West, cujo líder, Wilfred Anagbe, fez um apelo recente à comunidade internacional nos Estados Unidos.
“Isso é horror, isso é terror. Você não consegue imaginar a realidade em que vivemos aqui”, disse o líder cristão Oliver Ortese. No estado de Taraba, jihadistas armados invadiram vilarejos matando pelo menos 42 pessoas. “Não sabíamos para onde correr. Eles chegaram por volta das 2h, atirando aleatoriamente”, relatou o sobrevivente Soja Emmanuel. O líder Ande Emanuel* confirmou que 24 membros da congregação metodista estavam entre os mortos.
“Isso vai além de tudo o que já vimos”
Em Plateau, ataques continuam em vilarejos ao sul de Jos. Um enterro coletivo foi invadido por homens armados que atiraram nos enlutados. “Contamos 42 corpos antes do meio-dia de sábado. Isso vai além de tudo o que já vimos”, disse um soldado envolvido nos resgates.
Dezenas de cristãos estão escondidos em florestas e nas montanhas, incapazes de voltar para casa enquanto unidades armadas extremistas circulam. Milhares de famílias tentam retornar para casa, mas muitas descobrem que não restou nada e são levadas a acampamentos improvisados, sem recursos básicos para sobrevivência.
É urgente a mobilização em oração pelos cristãos deslocados. “A perseguição aos cristãos na Nigéria atingiu níveis tão altos que os observadores têm dificuldade em documentar cada atrocidade antes que a próxima comece. Quando a própria comunidade do cristão que denunciou corajosamente a violência se vê de repente enterrando dezenas de fiéis, surgem sérias questões. Muitos não se sentem mais seguros apenas por se identificarem como cristãos”, observa John Samuel*, especialista jurídico da Portas Abertas na África Subsaariana.
*Nomes alterados por segurança.
Erga sua voz em clamor pelos cristãos deslocados
A crise de deslocados que obriga milhares de cristãos a fugir por seguirem a Jesus é complexa e urgente. Mais de 16 mil igrejas vão unir suas vozes no dia 15 de junho, no Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2025. Faça parte desse clamor!