O sarampo e a febre amarela estão aumentando no Brasil, ao mesmo tempo em que a pandemia de coronavírus continua atingindo este país, que já registra 1.864.681 infectados e 72.100 mortes devido ao vírus.
Um relatório recente do Ministério da Saúde indica que, até agora este ano, 4.948 casos de sarampo foram confirmados, um número 34 vezes maior que no mesmo ano de 2019, quando 142 pessoas contraíram essa infecção. Além disso, cinco pessoas morreram desta doença nos estados do Pará (3), Rio de Janeiro (1) e São Paulo (1).
Em relação à febre amarela, foram notificados 881 casos suspeitos e 18 confirmados.
Queda no número de vacinas
O jornal Correio do Povo indica que, devido ao coronavírus, os brasileiros não estão se protegendo de doenças cujas vacinas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O medo de ir a um centro de saúde e se expor a um possível risco de infecção por covid-19 é uma das razões para a queda nas vacinas.
Da mesma forma, o Ministério da Saúde observa que este ano foi o primeiro em 25 anos que a meta de 95% de vacinação não foi atingida em nenhuma das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.
“Houve uma queda muito significativa na taxa de cobertura vacinal no país durante a pandemia. Isso traz o fantasma do ressurgimento de doenças que já foram erradicadas. Para crianças, isso representa um perigo muito maior do que o covid-19″, diz ele. pediatra Marco Sáfadi, citado pelo jornal.
Safadi garante que os brasileiros esperam encontrar uma vacina que lide com o coronavírus, mas esquecem doenças muito graves, como sarampo, meningite ou hepatite, entre outras.
“O sarampo é uma doença extremamente grave em crianças. Ao contrário da covid-19, que infecta duas ou três pessoas, [o sarampo] é capaz de infectar entre 18 e 20”, diz o especialista, que reitera a importância de incentivar a vacinação da febre amarela.