Mais de 1.600 pessoas morreram em Mianmar no terremoto de magnitude 7,7 que atingiu a região nesta sexta-feira 29 e também afetou severamente a Tailândia, de acordo com um novo número oficial.
O terremoto, cujo epicentro foi a cidade birmanesa de Sagaing, ocorreu às 3h20 (horário de Brasília) de sexta-feira, seguido, minutos depois, por um tremor secundário de magnitude 6,4, posteriormente revisado para 6,7.
Em Mianmar, o desabamento de casas, prédios, pontes e centros religiosos gera temores de um grande número de vítimas, em um país já severamente afetado por um conflito civil que começou com o golpe de Estado da junta militar, em 2021.
O terremoto foi muito intenso porque ocorreu em pouca profundidade e foi sentido a 1.000 km do epicentro, em Bangcoc, capital da Tailândia.
Em Mianmar, o último balanço oficial é de 1.644 mortos e 3.408 feridos, segundo informou a junta neste sábado. A maioria na região de Mandalay, a segunda maior cidade do país.
Em Mandalay, uma cidade com mais de 1,7 milhão de habitantes, mais de 90 pessoas podem estar soterradas nos escombros de um prédio residencial de 12 andares, de acordo com a Cruz Vermelha.
“O mosteiro também desabou. Um monge morreu”, explicou um soldado, temendo outro terremoto. “Nunca senti nada assim na minha vida”.
Perto do aeroporto de Mandalay, agentes de segurança impediam o acesso. “O teto desabou, mas ninguém ficou ferido”, explicaram.
O fechamento do aeroporto pode complicar as operações de resgate em um país onde a guerra dizimou o sistema de saúde e isolou seus líderes do resto do mundo.
O presidente da Junta, Min Aung Hlaing, pediu assistência internacional e convidou “qualquer país, qualquer organização” a vir e ajudar.
Fonte: AFP.