Os Estados Unidos confirmaram na última segunda-feira (6) a primeira morte de um paciente por gripe aviária no país. Trata-se de um homem de 65 anos que vivia no estado da Louisiana e que sofria de outras doenças.
No último 18 de dezembro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano anunciou a vítima como o primeiro caso humano da doença nos EUA. Na ocasião, as autoridades sanitárias informaram que o idoso contraiu o vírus através de aves infectadas presentes no quintal de sua casa, sendo hospitalizado em seguida.
“Embora trágica, uma morte por gripe aviária H5N1 nos EUA não é inesperada devido ao risco conhecido de que a infecção por tais vírus cause doenças graves e óbito”, afirmou ontem o CDC.
Opinião paralela sobre o caso foi dada à ANSA por Massimo Ciccozzi, epidemiologista italiano do Campus Biomédico de Roma.
“Trata-se de uma pessoa com mais de 65 anos que tinha outras patologias. Mesmo uma gripe normal poderia ter colocado o organismo em crise”, disse o especialista, reforçando que não é preciso alarmismo.
Segundo análise da agência de saúde dos EUA no corpo da vítima, “havia mutações de baixa frequência no gene da hemaglutinina [proteína que liga o vírus à célula infectada]” que “não foram encontradas nas sequências virais de amostras de aves coletadas na propriedade do paciente, sugerindo que as alterações surgiram no homem após a infecção”.
Entre 2022 e 2024 foram confirmados 66 casos de H5N1 em território americano. Já no mundo os números chegaram a mais de 950 entre 2003 e o ano passado, sendo que metade dos contaminados faleceram.
No entanto o CDC “continua a avaliar que o risco para o público em geral permanece baixo”; além disso, “não foi identificada qualquer transmissão de pessoa para pessoa”, sendo que a maioria das infecções pela doença “está ligada à exposição de humanos a animais”.
“Pessoas expostas a aves e outros animais infectados em atividades de trabalho ou recreativas têm maiores riscos de contaminação”, alertou o organismo.
Fonte: ANSA.