Várias horas após intensas buscas na região montanhosa fronteiriça do Irã, dificultadas pelo intenso nevoeiro que se fazia sentir, foram finalmente encontrados os destroços em que seguiam o presidente do Irã, o ministro dos Negócios Estrangeiros e outras individualidades, cujos restos mortais foram também ali encontrados.
O acidente teria ocorrido por causa das más condições do tempo que ali fazia, ainda que dos 3 helicópteros que faziam aquele trajeto, apenas aquele em que seguia o presidente e o ministro se despenharam…
Israel apressou-se a comunicar que não tinha nada a ver com o assunto. O governo israelita afirmou entretanto que “não verterá uma única lágrima” pela morte de Ebrahim Raisi, considerado um “brutamontes.”
Uma das reações de um dos responsáveis foi bem incisiva e clara: “Ainda há menos de um mês atrás, ele ameaçava que ‘se Israel atacar, não restará nada dele’, e agora ele é um grão de pó na História.”
Os corpos dos dois líderes e de outros sete ocupantes do helicóptero despenhado foram encontrados após 15 horas de intensas buscas.
UM FEROZ INIMIGO DE ISRAEL
Logo um dia após o massacre do 7 de Outubro, o agora falecido presidente Raisi louvou “a defesa legítima da nação palestina” e reuniu-se com líderes dos grupos terroristas. O assassino iraniano elogiou por diversas vezes o Hamas e ameaçou aniquilar Israel, ainda que negando qualquer envolvimento directo do Irão no ataque.
A CRUELDADE DESTE “CARNICEIRO”
Após a sua posse como presidente em 2021, Raisi tratou de “apertar” o cumprimento das leis morais, supervisionando um sangrento ataque aos protestos anti-governamentais, tendo ainda forçado duramente as conversações sobre as questões nucleares com as potências mundiais.
Antes de se tornar presidente do Irão, Raisi ocupou várias posições dentro do sistema judiciário sob a direcção do líder supremo do Irã, o ayatolá Ali Khamenei. Como prossecutor, no final da guerra entre o Irão e o Iraque em 1988, ele fez parte do comité que sentenciou à morte milhares de prisioneiros políticos. Tais execuções granjearam-lhe o título de “carniceiro de Teerã”, tornando-se em consequência sujeito a sanções por parte dos Estados Unidos e à condenação pelas Nações Unidas e diversas organizações internacionais de direitos humanos.
“RETRIBUIÇÃO DIVINA”
Vários rabinos vieram entretanto manifestar a sua alegria pela morte do presidente Raisi, afirmando: “Estas são boas notícias para o povo judeu. Até mais do que quando foi o Haman.”
Para vários rabinos, esta morte deste inimigo de Israel foi “uma retribuição divina.” Para alguns, este homem era um novo “Haman, o perverso, morto num acidente de helicóptero.”
HOSSEIN AMIR-ABDOLLAHHIAN
Juntamente com o sanguinário Raisi, também perdeu a vida o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, um “linha dura” apoiante das políticas radicais de Teerão e um protegido do supremo líder Khomenei.