O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou no domingo que Tel Aviv está negociando secretamente com vários países árabes para normalizar suas relações.
Em uma coletiva de imprensa dedicada ao primeiro vôo comercial entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, o chefe do governo israelense afirmou que “muitas outras reuniões não publicadas são realizadas com líderes árabes e muçulmanos para normalizar as relações com o Estado de Israel”.
“Se fôssemos esperar pelos palestinos, teríamos que esperar para sempre. Não vamos esperar mais”, acrescentou Netanyahu, sem especificar com quais nações Tel Aviv está negociando.
Lacuna de boicote
Na ONU, há 31 países que não reconhecem Israel, incluindo 19 dos 22 membros da Liga Árabe e nove países muçulmanos da Organização de Cooperação Islâmica. O problema está no conflito inacabado entre Israel e Palestina.
Em 13 de agosto, Israel e os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo para normalizar suas relações diplomáticas, cujas negociações foram apoiadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que tem causado reações adversas nos países do Oriente Médio. No marco do acordo, Israel concordou em suspender a anexação dos territórios da Cisjordânia, anúncio rejeitado pelo presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, que chamou o novo documento de traição, e pelos movimentos palestinos Hamas e Fatah.