“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;…” Mateus 24:6
12 de setembro de 2019.
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, ameaçou iniciar uma guerra em Gaza nesta quinta-feira (12), um dia após as Forças Armadas do país terem atacado a região.
Em uma entrevista em uma rádio pública, Netanyahu foi questionado sobre ataques feitos por militantes palestinos em Gaza. “Provavelmente seremos forçados –não haverá escolha– a entrar em uma campanha, uma guerra, em Gaza”, ele respondeu.
Na próxima terça-feira (17), haverá uma eleição em Israel em que Netanyahu tentará ser reeleito. As pesquisas indicam que a disputa será acirrada. Oponentes do atual primeiro-ministro dizem que ele não faz o suficiente para evitar disparos de foguetes por militantes palestinos no sul de Israel.
Ataque a 15 alvos
Aviões israelenses atacaram Gaza na quarta-feira (11), horas depois que foguetes disparados do enclave palestino acionarem sirenes que forçaram o primeiro-ministro a deixar o palanque durante um comício eleitoral.
As Forças Armadas israelenses disseram que 15 alvos foram atingidos, incluindo uma instalação de fabricação de armas, um complexo naval usado por militantes e túneis pertencentes ao Hamas, a força dominante em Gaza.
Não houve relatos imediatos de vítimas.
Horas antes, guarda-costas escoltaram Netanyahu para um local protegido na cidade de Ashdod, no sul de Israel, quando sirenes soaram durante um comício na terça-feira (10) à noite, uma semana antes das eleições gerais.
Netanyahu não se machucou e, alguns minutos depois, continuou seu discurso, que foi transmitido ao vivo nas redes sociais por seu partido Likud, de direita.
No entanto, as imagens do primeiro-ministro sendo forçado a sair do palanque aumentaram as acusações de opositores políticos de que ele não fez o suficiente para deter os frequentes ataques de foguetes contra o sul de Israel.
Os militares israelenses disseram que dois foguetes foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Ashdod e a outra cidade portuária, Ashkelon, ao sul, e foram interceptados pelo sistema antimíssil Domo de Ferro.
As forças israelenses acrescentaram que os ataques de quarta-feira em Gaza foram uma resposta ao lançamento de foguetes.
Não houve reivindicação de responsabilidade de imediato para o ataque de foguetes de terça-feira (10), que aconteceu logo após Netanyahu anunciar um plano para anexar parte da Cisjordânia ocupada se for reeleito na votação nacional de 17 de setembro.
Fonte: Reuters