30 de agosto de 2019.
No decurso de uma entrevista realizada na semana passada a Benjamin Netanyahu, durante a sua visita à Ucrânia, um dos repórteres presentes questionou o primeiro-ministro israelita sobre “os direitos elementares dos judeus de orarem no Monte do Templo, o seu lugar sagrado.”
A resposta de Netanyahu, publicada entretanto no “Sheva” foi exatamente esta: “Não se preocupe: isso vai acontecer, e antes da vinda do Messias.”
Já numa outra publicação anterior a mesma promessa havia sido feita pelo líder israelita: “O direito do povo judeu ao seu lugar sagrado, o Monte do Templo, é inquestionável. Acredito que o direito de os judeus orarem neste lugar deve ser conseguido, até mesmo a concessão da liberdade de culto para todas as religiões em Jerusalém.”
Netanyahu acrescentou ainda cautelas à situação desejada: “É claro que temos de fazer isso com a devida sensibilidade. Acredito que podemos fazer isso corretamente assim que regressarmos à liderança deste país.”
LIBERDADE RELIGIOSA NO MONTE DO TEMPLO
O ministro da Segurança Interna de Israel, Gilad Erdan, tem a seu cargo a melindrosa questão de manter a ordem na esplanada administrada pelos muçulmanos, mas pertencente ao território de Israel. O ministro testou a reação islâmica, ao permitir a entrada recente de 1.729 judeus no espaço, para lembrar o dia da destruição dos 2 Templos de Jerusalém, um recorde no números de judeus que puderam ter acesso ao lugar, não obstante as ameaças dos muçulmanos. A polícia local protegeu os visitantes judeus, desde a entrada até à saída dos mesmos.
Erdan foi ainda mais longe nos seus desígnios, e alegou ser necessário haver liberdade religiosa no Monte do Templo.
“Penso haver uma injustiça no status quo que vigora desde ’67” – afirmou o ministro numa entrevista a um programa de rádio.
Segundo o acordo estabelecido no final da Guerra dos Seis Dias entre Israel e a Jordânia, o mandato de status quo estabelecido pelo império otomano no século 19 para a administração dos locais sagrados de Jerusalém deveria permanecer. Esse acordo impede os não muçulmanos de orarem no lugar mais sagrado para os judeus – o Monte do Templo.
“Temos de trabalhar para mudar isto para que no futuro os judeus, com a ajuda de Deus, possam orar no Monte do Templo” – afirmou Erdan, acrescentando: “Isso terá de ser conseguido através de acordos diplomáticos e não pela força.”
UMA SÓ MESQUITA EM 1967…
É importante lembrar que quando Israel conquistou o Monte do Templo em 1967, havia ali apenas uma mesquita. Atualmente, existem na esplanada 5 locais que o Waqf (administração muçulmana) designou como mesquitas, sendo esse espaço barrado aos não muçulmanos.
NÚMERO DE JUDEUS A SUBIREM AO MONTE AUMENTA DE ANO PARA ANO
A verdade é que o número de judeus a subirem ao Monte disparou nos últimos anos: no ano 2009, apenas 5.658 judeus subiram ao Monte, mas o número tem duplicado desde 2015. Dois anos depois, o número já era de 25 mil.
Fonte: Shalom Israel.