O ex-presidente dos EUA Donald Trump, durante uma visita ao Oriente Médio em 2018, teria oferecido o controle total da Cisjordânia à Jordânia, informou a imprensa norte-americana nesta quinta-feira (15).
De acordo com um novo livro sobre a presidência de Trump que será publicado na próxima semana, o Washington Post escreveu nesta quinta-feira (15) que a ideia do ex-presidente foi apresentada como um “grande negócio”.
O rei Abdullah II da Jordânia, ao ouvir a proposta, teria tido a sensação de um ataque cardíaco. “Eu não conseguia respirar”, afirma o livro sobre a reação do monarca ao ouvir a estratégia de Donald Trump.
A obra foi escrita por Peter Baker e Susan Glasser, sendo a mais recente de uma longa série de relatos de bastidores de membros do governo Trump, com alguns alegando que tentaram conter os piores instintos do 45º presidente.
A publicação sustenta que Trump parecia não saber que a medida tinha um potencial efeito desestabilizador, pois mais da metade da população da região, de 9,5 milhões de pessoas, é de ascendência palestina e contra a monarquia.
O livro explica que o ex-presidente acreditava que estaria fazendo um favor ao rei com a oferta, não parecendo entender suas implicações mais amplas ou o fato de estar oferecendo terras que não pertenciam aos EUA.
Israel capturou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia da Jordânia na guerra de 1967. Os palestinos querem que ambos os territórios façam parte de seu futuro Estado, uma posição com forte apoio jordaniano e internacional.