Os tremores nos Campos Flégreos (Campi Flegrei), região com diversas crateras de um supervulcão, na província de Nápoles, no sul da Itália, voltaram a assustar a população no domingo. A terra tremeu em mais de uma cidade e escolas chegaram a ser fechadas. O INGV monitora a situação e já detectou novos abalos nesta segunda-feira.
O Observatório Vesuviano, ligado ao Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), informou o sismo de magnitude 3,9, às 15h30, hora local, na tarde de ontem, dia 16. Segundo o instituto, esse foi o abalo mais forte na região desde o começo de 2025.
De acordo com informações da imprensa local, o tremor principal foi sentido em vários bairros seguido de mais dois abalos menores cerca de duas horas depois. Os sismos observados atingiram magnitudes 2.3 e 2.7 por das 17h18 e 17h30, hora local, respectivamente.
Ambos os tremores tiveram epicentro no mar, próximo à cidade de Pozzuoli, na área de atividade vulcânica dos Campos Flégreos.
A prefeitura de Pozzuoli ordenou o fechamento das escolas neste começo de semana para avaliação de possíveis riscos e algumas famílias foram deslocadas para um ginásio da cidade.
Já em Bacoli, houve rachaduras em encostas e o vazamento de uma tubulação de água. Em Nápoles, alguns desmoronamentos de rebocos foram observados, mas sem danos maiores.
Novos tremores
O monitoramento da região dos Campos Flégreos segue 24 horas por dia pelo INGV e os tremores ainda não cessaram. A sequência de abalos já totaliza onze tremores acima de magnitude 2.0 nos últimos três dias.
Os mapas de tremores mais recentes, divulgados nesta segunda-feira, dia 17, apontam um novo evento sísmico de 3.9 magnitudes, ocorrido na madrugada e outro de 3.2 magnitudes, registrado no início da manhã.
Os terremotos vêm sendo observados desde o ano passado, sendo resultado de uma movimentação do solo a partir do gás e magma acumulados em áreas profundas nos Campos Flégreos. Entretanto, o INGV descarta qualquer erupção iminente.
Na região vizinha aos Campos Flégreos está o temido vulcão Vesúvio, o mais famoso por sua erupção histórica, quando provocou completa destruição nas cidades romanas de Herculano e Pompéia em 79 d.c.