O número de mortos causados por um ciclone que atingiu a região Sul do Brasil subiu para 10, a maioria em Santa Catarina. Além disso, milhares estão sem energia.
Em Santa Catarina, os fortes ventos e as chuvas deixaram nove mortos, em Tijucas (três pessoas), Chapecó, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos, Ilhota, Itaiópolis e Rio dos Cedros (uma em cada).
Uma pessoa segue desaparecida em Brusque. Cerca de 750.000 domicílios estão sem energia, segundo a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), maior dano da história de rede elétrica estadual.
A outra vítima fatal foi registrada no Rio Grande do Sul, onde um homem morreu soterrado em Nova Prata. Também houve queda de energia no estado. Cerca de 639.000 pessoas estão sem luz no estado, de acordo com a RGE (Rio Grande Energia) e a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), segundo publicado pelo portal UOL.
Dezesseis cidades do Rio do Sul foram atingidas pelo ciclone e 1.035 pessoas estão desalojadas, a maioria em Vacaria e Ibiaçá, no norte do estado.
Fenômeno teve reflexos no Sudeste
Reflexos do fenômeno climático, chamado de ciclone bomba, chegaram ao Sudeste, com registro de rajadas de vento de até 80 km/h no Rio de Janeiro e São Paulo e ressaca no litoral. Houve prejuízos econômicos como quebra de janelas e telhados.
No Sul, os ventos atingiram até 100 km/h na madrugada desta quarta-feira (1°). O ciclone deve começar a perder força na região a partir da tarde e a previsão é de que não chova, mas ainda há alerta para queda de árvores e postes, colapso de estruturas e destelhamentos.
O fenômeno é comum nesta época do ano no Sul, mas devido à queda drástica de pressão o ciclone ganhou força e foi apelidado de bomba.