Chegou a 13 o número de mortes provocadas pela febre do Nilo Ocidental na Itália desde o início do ano, todas elas ocorridas a partir do mês de julho.
As duas vítimas mais recentes foram registradas nesta segunda-feira (4) na província de Caserta, na região da Campânia, sul do país. Trata-se de dois idosos, um de 79 anos, residente em Teverola, e outro de 71, de Casal di Principe.
Ambos teriam sido infectados no litoral da província, que soma sete das 13 mortes ocorridas em 2025. Outras cinco ocorreram na região do Lazio, centro da Itália, incluindo uma nesta segunda-feira, e uma foi registrada no Piemonte, norte da península. Todas as vítimas eram idosos com comorbidades.
A febre do Nilo Ocidental (nome que faz referência à região da África onde foi descoberta) tem origem tropical e é transmitida por mosquitos, cuja circulação tem aumentado na Itália e na Europa como um todo. Um dos motivos para isso é a crise climática, que tem provocado verões mais longos e intensos no continente.
O vírus não é transmitido de pessoa para pessoa, mas existe uma pequena possibilidade de contágio via transfusão de sangue.
Na maioria dos casos, os pacientes sofrem somente sintomas leves, mas a doença pode ser perigosa para indivíduos frágeis, como idosos, imunossuprimidos ou com patologias crônicas.
Nas situações mais graves, os sintomas incluem febre alta, cefaleia intensa, fraqueza muscular, desorientação, tremores, distúrbios na visão, convulsões e coma. Também existe o risco de efeitos neurológicos permanentes.
O governo da Itália, no entanto, assegura que o andamento da doença em 2025 está em linha com os últimos anos. Em 2024, o país totalizou 484 casos, 266 deles com sintomas neurológicos, e 36 óbitos, segundo o Instituto Superior de Saúde (ISS).
Até 30 de julho, o ISS contabilizava 89 contágios na Itália em 2025, dos quais 40 se manifestaram na forma neuroinvasiva.
Fonte: ANSA.