Apesar da proibição imposta aos judeus para não orarem no seu espaço mais sagrado, nesta passada Terça-Feira, o dia do jejum do “Tisha B’Av” – o dia que lembra a destruição dos 2 Templos de Jerusalém – 2.958 judeus ascenderam ao Monte do Templo, um recorde desde que o último Templo foi destruído no ano 70 d.C.
A polícia israelita relaxou neste dia muitas das medidas restritivas impostas aos judeus. Não há de facto nenhuma lei que proíba os judeus de orar no Monte do Templo, e a Suprema Corte de Jerusalém decidiu já por várias vezes a favor da permissão destas orações.
Os judeus oram no Monte do Templo de forma disfarçada e longe dos olhares dos muçulmanos, mas a polícia muitas vezes impede os judeus de ali realizarem as suas orações. Contudo, nesta Terça-Feira, os judeus oraram livremente em forma de “minyanim” – quórum de 10 pessoas. Para além disso, alguns judeus exibiram bandeiras de Israel e até entoaram o “Hatikvah” – o hino nacional de Israel! Estes símbolos judaicos são estritamente proibidos neste recinto.
Mas o momento mais marcante desta corajosa acção foi quando visitantes judeus se prostraram por cima das pedras sagradas, num exercício de total devoção ao Templo. De recordar que a Torah ordena que os judeus se prostrem no Monte do Templo, sendo estritamente proibido que um judeu se prostre em oração em qualquer outro local. Este “mitzvah” – mandamento – é um elemento essencial que reaparecerá nos tempos do Messias.
“Naquele dia se tocará um grande shofar – trombeta – e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que forem desterrados para a terra do Egipto tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo, em Jerusalém.” – Livro do profeta Isaías 27.13. É importante destacar que a palavra hebraica aqui usada para “adorarão”, seria melhor traduzida para “se prostrarão.”
É por esta razão que judeus que se prostrem dentro do recinto do Monte são removidos à força pela polícia israelita, evitando assim que os muçulmanos reajam com violência, conforme é seu costume.
Este acontecimento é deveras sintomático dos dias que estamos a viver, e estabelece mais uma ligação ao plano divino para os últimos dias. Nada, nem ninguém impedirá a realização dos Seus planos, e este momento histórico vivido anteontem revela o quão próximos poderemos estar daquele grande Dia!
Nas palavras de um dos líderes do movimento que apela à restauração das orações no Monte do Templo, a importância deste acto foi deveras importante: “Neste ano foi especialmente importante, vindo como uma resposta ao “dilúvio da al-Aqsa” promovido pelo Hamas e que causou o assassinato de cerca de 1.200 israelitas, a violação e o sequestro de muitos outros, em nome da pervertida visão deles respeitante ao Monte do Templo. Até ao momento, neste ano, mais de 40 mil judeus já expressaram a soberania judaica sobre o Monte do Templo. Esta é a nossa intenção, e continuaremos a agir até que alcancemos todos os nossos direitos no Monte do Templo.”