O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (AIEA), Ali Akbar Salehi, informa que a quantidade de urânio enriquecido a 20% chega a 50 kg.
Em sessão da rede social Clubhouse, o chefe da AIEA informou nesta sexta-feira que a República Islâmica produziu 50 kg de urânio enriquecido a 20%, dos 120 kg programados por ano, conforme exigido por lei, denominado “Ação Estratégica para levantar as sanções ”dos Estados Unidos contra o Irã, aprovadas em novembro de 2020 pelo Parlamento do país persa.
Essa lei, ao impedir a implementação do Protocolo Adicional ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), entre outras medidas, visa obrigar os Estados Unidos e a Europa a eliminarem as sanções contra o Irã.
Salehi deixou claro que, em 2015, o Irã aceitou restrições ao seu programa de energia atômica no âmbito do acordo nuclear – oficialmente denominado Plano Integral de Ação Conjunta (PIAC ou JCPOA, por sua sigla em inglês) – mas “não renunciou nenhum dos seus direitos”.
Além disso, destacou que se os Estados Unidos, que abandonaram o PIAC unilateralmente em maio de 2018, voltarem ao referido pacto e suspenderem todas as sanções contra o Irã, o país persa também cumprirá suas obrigações e suspenderá o enriquecimento de urânio a 20%.
Salehi informou sobre o aumento do urânio enriquecido, confirmando assim um anúncio anterior da Organização de Energia Atômica do Irã em que afirmava ter a capacidade de enriquecer urânio facilmente em qualquer porcentagem, mesmo acima de 40, 60 e 90%.
As autoridades persas afirmam que as medidas tomadas nos termos dos artigos 26 e 36 do PIAC para reduzir seus compromissos nucleares são reversíveis e que Teerã implementará integralmente o acordo novamente se outros signatários também respeitarem suas obrigações.