Apesar da generosa oferta de ajuda humanitária de Israel ao Líbano, a resposta foi negativa, e isso tem uma causa: o movimento terrorista xiita Hezbollah, fortemente enraizado no Líbano, prefere ver o povo libanês sofrendo do que receber qualquer ajuda do estado judaico.
Israel não só ofereceu ajuda imediata, como pôs os seus hospitais do Norte do país à disposição para o tratamento de vítimas das explosões ocorridas em Beirute na passada Terça-Feira, e que, para além das mais de 135 mortes, causaram vários milhares de feridos.
Israel seria o país com melhores condições para prestar uma grande assistência ao Líbano, não só pelas suas capacidades nesta área, como pela proximidade, uma vez que partilham a mesma fronteira a Norte de Israel e no Sul do Líbano. Ainda que sendo inimigos declarados, a ajuda humanitária abrandaria certamente a inimizade de décadas.
Mas toda esta generosidade e bondade encontra uma barreira intransponível: o grupo terrorista islâmico Hezbollah – um dos vários que luta pela destruição de Israel – e que faz parte integrante do governo do Líbano.
Ainda antes da catástrofe de Terça-Feira, o Líbano estava vivendo os seus piores dias, com a moeda desvalorizada mais de 80%, uma elevada taxa de desemprego, um custo de vida altíssimo, altos níveis de corrupção nunca antes vistos, levando a constantes manifestações de protesto nas ruas da capital Beirute nestes últimos meses.
E para o Hezbollah, desprovido de quaisquer sentimentos humanitários, é preferível ver o povo do Líbano a sofrer do que ser beneficiado por qualquer ajuda vinda do inimigo sionista…
O Hezbollah tem vindo a usar as populações civis do Sul do Líbano como escudos para proteger os milhares de mísseis apontados para Israel, não tendo qualquer despudor em fazer uso das caves de prédios residenciais para instalar o seu arsenal bélico, num completo desprezo pela segurança dos residentes.
Para o Hezbollah não há qualquer problema em armazenar mísseis em lugares como o silo explodido e arrasado na Terça-Feira. Afinal, as mais de 2.700 toneladas de nitrato de amoníaco não iriam certamente servir para a alegada adubação de terrenos, mas para a fabricação de explosivos.
Já há algum tempo que o líder do Hezbollah no Líbano, Hassan Nasrallah, vinha ameaçando destruir Israel através de uma massiva explosão no porto de Haifa fazendo uso de depósitos de amoníaco, que, nas suas alegações, provocariam uma “explosão nuclear.”
Talvez esta tragédia obrigue o governo libanês a repensar a presença dos terroristas na sua própria terra, e o perigo que a mesma constitui.
Tal como Deus prometeu a Abraão, todas as nações que amaldiçoassem os descendentes de Abraão, Isaac e Jacob seriam amaldiçoadas. Ora, uma nação – como é o caso do Líbano – que abriga e acolhe no seu território e governo um grupo terrorista islâmico cujo objectivo é a pura e simples aniquilação do estado de Israel não pode recolher a bênção de Deus. Antes pelo contrário. Para desgraça do seu povo, que certamente mereceria algo melhor…