A Lista Mundial da Perseguição 2020, que é uma das principais ferramentas da Portas Abertas para rastrear e medir a expansão da perseguição no mundo, foi divulgada no dia 15 de janeiro. A grande mudança foi a entrada de três novos países: Burkina Faso, Camarões e Níger. Os três fazem parte da África Subsaariana, sendo que Burkina e Camarões ingressaram no Top 50 pela primeira vez. Para isso, deixaram a Lista México, Territórios Palestinos e Azerbaijão, que ocupavam as posições 39, 49 e 50, respectivamente.
A Lista avalia a liberdade que um cristão tem para praticar a fé em cinco esferas: vida privada, família, comunidade, nação e igreja. Além disso, leva em conta incidentes violentos ocorridos no período de análise. Essa avaliação é feita por meio de um questionário respondido por cristãos nos países, que classifica a perseguição local de 0 a 100 pontos. Embora apenas 50 nações estejam na Lista, a pesquisa mostra perseguição em 73 países. Os 23 restantes estão em uma lista de observação.
Dos países novos, Burkina Faso foi o que se classificou com pontuação mais alta, 66 pontos. Em 2019, se manteve na lista de observação, na 61ª colocação. Porém, um aumento na violência aos cristãos fez com que a pressão se elevasse e o país subisse 33 posições. Durante o período de pesquisa para a Lista atual (1 de novembro de 2018 a 31 de outubro de 2019), mais de 50 cristãos foram mortos. Isso criou uma atmosfera de medo, com muitos cristãos deixando de participar das igrejas ou mandar os filhos para as escolas. Além disso, muitas igrejas foram destruídas.
Camarões ocupou a 48ª posição. O país teve um aumento de 6 pontos, chegando aos 60 pontos. Isso se deu principalmente por conta do impacto de diferentes tipos de perseguição aos cristãos. O Boko Haram intensificou seus ataques, infiltrações e recrutamento de jihadistas. Cristãos no país enfrentam intimidação e ataques ao falarem contra as atrocidades que ocorrem no país, ocasionadas pelo governo e separatistas.
Já o Níger, entrou ocupando a última colocação da Lista. O aumento de 7 pontos ocorreu principalmente devido à pressão e violência orquestrada por jihadistas na região do Sahel. No período de análise, o país esteve sob uma série de ataques de militantes. Igrejas também foram queimadas por manifestantes. Além disso, há conflitos internos com dimensões religiosas e étnicas. Em 2019, o Níger ficou na lista de observação, se classificando em 58° lugar.
O aumento da perseguição em países da África Subsaariana é uma tendência devido à disseminação da militância islâmica. Esses estados são considerados frágeis e, como o Estado de direito e a governança são ineficazes, as populações cristãs acabam não sendo protegidas pelos governos. Por isso, cristãos perseguidos na África Subsaariana precisam do seu apoio para auxiliar no crescimento do reino de Deus. Com uma doação você permite que um cristão dessa região participe de discipulado durante 3 meses.