O chefe europeu da Organização Mundial da Saúde disse na quinta-feira que o corpo estava se preparando para possíveis “ataques químicos” na Ucrânia.
“Dadas as incertezas da situação atual, não há garantias de que a guerra não vai piorar”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em comunicado enviado a jornalistas de Lviv, na Ucrânia.
“A OMS está considerando todos os cenários e fazendo contingências para diferentes situações que podem afligir o povo da Ucrânia, desde o tratamento contínuo de vítimas em massa até ataques químicos”, disse ele, sem fornecer mais detalhes.
Autoridades ocidentais expressaram repetidamente temores de que a Rússia possa usar armas químicas e biológicas na Ucrânia, com riscos de efeitos colaterais além do país.
O Ministério da Defesa da Rússia acusou Kiev, sem fornecer provas, de planejar um ataque químico contra seu próprio povo para acusar Moscou de usar armas químicas na invasão da Ucrânia que começou em 24 de fevereiro.
No mesmo discurso, que foi adiado devido a uma sirene de ataque aéreo em Lviv, Kluge disse que a OMS está coordenando com a União Europeia a triagem de pacientes que chegam da Ucrânia e providenciando seu envio para tratamento na Europa.
Ele disse que a OMS já entregou mais de 185 toneladas de suprimentos médicos, incluindo material para apoiar traumas em toda a Ucrânia e disse que mais 125 toneladas estão a caminho.
Um banco de dados da OMS mostrou que houve 91 ataques à infraestrutura de saúde da Ucrânia, resultando em 73 mortes desde o início da invasão, sem dizer quem foi o responsável.