Numa medida nada habitual, representantes de 17 nações europeias, reuniram-se hoje com Anna Azari, a deputada geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel para a Europa, para discutirem questões relacionadas com a política israelita para os assentamentos judaicos na Judeia e Samaria.
Segundo uma mensagem por Twitter da embaixada da União Europeia em Tel Aviv, os representantes europeus “reiteraram a sua grave preocupação com os anúncios feitos sobre novos assentamentos nos territórios ocupados da Margem Ocidental, apelando a uma interrupção permanente aos procedimentos para Givat Hamatos.”
Esta intromissão europeia nos assuntos internos de Israel segue-se à decisão israelita promulgada no passado Domingo de avançar com a construção de 792 unidades habitacionais. A comunidade internacional está mais uma vez hipocritamente “preocupada” que a construção de aldeamentos possa prejudicar todas e quaisquer tentativas do recém eleito presidente norte-americano Joe Biden para recomeçar as negociações entre israelitas e palestinianos após tomar posse em Washington. Vários países e entidades condenaram esta decisão israelita. O habitual…
“A expansão dos assentamentos na Margem Ocidental viola a lei internacional e mina irreparavelmente a viabilidade de uma justa e viável solução dois estados” – afirmou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, com tantas preocupações sérias com que se deveria ocupar, também veio meter a sua infeliz “colherada” no assunto, pronunciando-se ontem desta forma: “A expansão dos assentamentos aumenta o risco de confronto, mina ainda mais o direito dos palestinianos à auto-determinação, e desgasta mais ainda a possibilidade do término da ocupação e do estabelecimento de um estado soberano palestiniano contíguo e viável baseado nas fronteiras anteriores a 1967.”
Guterres apelou ainda a Israel para “parar e reverter tais decisões, as quais são um grande obstáculo para que se alcance uma solução dois estados, e se consiga uma paz compreensiva, justa e duradoira.”
A Alemanha também alegou que essa atividade “torna mais difícil uma solução negociada de dois estados e o fim da ocupação.” A Alemanha apelou também a Israel para parar a atividade de expansão dos aldeamentos num novo bairro judeu em Jerusalém oriental chamado Givat Hamatos, localizado num cruzamento estratégico na fronteira entre o município da capital Jerusalém e da cidade árabe de Belém.
Vários outros países condenaram também estas decisões israelitas entretanto paradas a pedido de um parlamentar de um partido da esquerda. Entre esses países, estão o Egito, a Grã-Bretanha, a Irlanda, a União Europeia, e, obviamente, a Autoridade Palestina.