Mais de 10 milhões de pessoas precisaram se deslocar no Sudão, em virtude do conflito armado, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Um total de “10,7 milhões de pessoas foram deslocadas por conta dos conflitos no Sudão”, informou a organização.
Segundo a OIM, dessas pessoas, 9 milhões permanecem no Sudão, enquanto 1,7 milhões fugiram para países vizinhos como Chade, Sudão do Sul, Egito, Etiópia e a República Centro-Africana.
De acordo com os dados publicados pela OIM em 23 de janeiro, o número de refugiados do Sudão inclui mais de 2 milhões de crianças com menos de cinco anos.
“Os novos números destacam a necessidade urgente de intensificar os esforços humanitários e a atenção mundial para fazer frente à maior crise de deslocamento do mundo”, disse o comunicado.
Ainda conforme o texto, até a presente data, a OIM ajudou cerca de 1,2 milhões de pessoas no Sudão e em países vizinhos, proporcionando a eles, entre outras coisas, ajuda humanitária, refúgio, apoio financeiro e água.
Além disso, a organização transportou quase 150 mil desabrigados a lugares seguros, onde puderam receber os serviços humanitários em condições seguras.
Desde o dia 15 de abril do ano passado, o Sudão é palco de confrontos entre as Forças Armadas sudanesas e a RSF, um grupo paramilitar do país.
As partes, além do fogo cruzado, trocam informações contraditórias sobre o êxito de suas operações e de seus territórios controlados, promovendo uma guerra de informações nos meios de comunicação e nas redes sociais.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que a continuidade do conflito armado no país pode desencadear surtos de doenças e colapsar o sistema de saúde.