A Assembleia Geral da ONU votou ontem à noite uma proposta dos palestinos exigindo que Israel respeite e implemente as decisões do Tribunal Internacional de Justiça, e que implicará, entre outras coisas, o fim da presença israelita no “território palestino ocupado” dentro de seis meses, a retirada das IDF dessas zonas, a cessação dos “colonatos” e o “retorno dos palestinos à sua terra.”
A proposta inclui também um apelo aos países para não reconhecerem legalmente a presença israelita no “território palestino ocupado” para além da imposição de sanções às autoridades israelitas, o fim da transferência de armas para Israel caso se suspeite que serão usadas nesses territórios, e evitar ainda o estabelecimento de missões diplomáticas em Jerusalém.
A proposta teve os votos a favor de 124 países, entre os quais Portugal e o Brasil, com 14 países a votarem contra e 43 abstenções. Para além de Israel e dos EUA, também votaram contra a proposta a Argentina, a República Checa, as Ilhas Fiji, a Hungria, o Malawi, a Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné, o Paraguai, Tonga e Tuvalu. Entre os países que se abstiveram está a Alemanha, Ucrânia, Grã Bretanha, Canadá, Índia e outros 38 países. Para admiração e tristeza de Israel, a Grécia, Chipre e a França votaram a favor da proposta dos inimigos de Israel. A decepção de Israel em relação ao voto dos países “amigos” – Grécia e Chipre – tem também a ver com o facto de ambos comprarem armas a Israel.
A resolução da AG da ONU não é vinculativa. A proposta dos palestinos era para a implementação desta resolução 6 meses após a mesma, mas a assembleia votou a favor de “o mais tardar até 12 meses após a aprovação desta resolução.”
Este voto significa que os mecanismos de controle e de monitorização da ONU serão estabelecidos para implementarem a decisão do tribunal de Haia relacionada com a retirada de Israel dos territórios. A decisão irá prejudicar a imagem de Israel no mundo, dando por outro lado combustível a organizações e países para passarem as suas próprias resoluções contra Israel. O apelo ao embargo de armas e imposição de sanções contra Israel poderá funcionar no convencimento e consequente proibição de venda de armas a Israel.
A representante do Reino Unido alegou que o voto de abstenção do seu país teve a ver com a falta de condições na proposta para a implementação da solução de 2 estados, acrescentando por outro lado que “Israel tem de acabar o mais rápido possível com a sua presença nos territórios e criar as condições para o estabelecimento de uma Palestina livre lado a lado com um Israel livre e seguro – ao mesmo tempo que reconhecer as necessidades de segurança e de auto-determinação de cada um dos lados. A unificação da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental e de Gaza deve ser também conseguida de acordo com as fronteiras de 1967. Condenamos a violência dos colonos na Margem Ocidental pressionando as comunidades palestinianas a abandonarem as suas terras, apelando a Israel para que puna os responsáveis.”
Antes da votação, a comunidade diplomática realizou um evento de solidariedade para com as famílias dos reféns, e o embaixador do Sudão Sul atacou o embaixador da Noruega e representantes de outros países: “Vocês deveriam ter vergonha de vós mesmos! Sentarem-se à frentes de famílias dos reféns no dia em que votam contra Israel na ONU!” O embaixador apelou a esses representantes para que abandonassem o evento e que “corressem” para telefonar aos seus primeiros-ministros “suplicando-lhes que mudassem o sentido de voto.”
REAÇÃO DURA DE ISRAEL
Na sua reação a esta pérfida votação contra Israel, o embaixador israelita para as Nações Unidas, Danny Danon, atacou aquilo que considerou ser uma decisão hipócrita e tendenciosa contra Israel, que desde o massacre de 7 de Outubro passou duas resoluções na Assembleia Geral que ignoraram o Hamas e sua responsabilidade pelos eventos desse dia.
“Quem quer que apoie este circo é um colaborador. Quem quer que vote a favor desta proposta alimenta mais violência. Este show é um insulto às vítimas do massacre, é um insulto aos reféns!”
No seu discurso inflamado, Danon exibiu uma foto do túnel onde estiveram sequestrados os 6 reféns assassinados pelo Hamas, mostrando o sangue derramado no chão. “Eden, Hirsh, Alex, Carmel Uri e Almog. Estes são os seus nomes. Seis israelitas inocentes foram assassinados a sangue frio após meses de sofrimento nos túneis. Imaginem como se sentiriam se fossem os vossos filhos, vossos parceiros ou vossos amigos. Ficareis calados mesmo assim? Digo-vos claramente: o sangue judeu não é sem valor. Os dias em que o sangue judeu era derramado sem qualquer resposta já se foram!”
Esta pérfida posição da maioria dos países representados na ONU só trará um alto preço a pagar pelos mesmos! Não que tal me admire, uma vez que sabemos pelas Escrituras que Israel ficará cada vez mais incompreendido e isolado da comunidade internacional. Só poderá contar com Deus. O que me revolta é ver governos como o português a deixarem-se levar nesta onda de antissemitismo, favorecendo os interesses dos inimigos de Israel e, no fundo, apoiando o terrorismo apoiado pela maioria dos palestinianos residentes na Judeia e na Samaria…! Portugal, e todos os países que votaram a favor desta proposta imbecil estão a colocar-se contra Deus e Seus planos, pelo que o preço a pagar será muito elevado. Lamento a sorte do meu país, tão mal representado e desgovernado…