Joe Biden e seus assessores estão aconselhando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu a não lançar uma ofensiva preventiva contra o grupo libanês Hezbollah. Os EUA temem que, neste momento da guerra, mais um ataque por parte de Israel dê origem a conflito generalizado na região.
O gabinete de guerra de Israel iniciou este mês um conflito com o Hamas, movimento extremista palestino, na fronteira sul do país. Se decidirem enfrentar o Hezbollah, precisarão sustentar mais um confronto, desta vez na parte norte do território, e ainda correm o risco de terem o Irã, principal apoiador da milícia libanesa, como inimigo bélico.
Biden se reuniu na última quarta-feira, 18, com o gabinete de guerra israelense, e ressaltou os perigos de uma guerra em duas frentes. O presidente norte-americano também levantou os espectros das decisões desastrosas das autoridades de seu país de invadir o Iraque e de travar uma guerra longa e sem fim no Afeganistão.
No início da semana, Biden havia pedido que o Hezbollah e o Irã não se envolvessem no conflito com Israel. Depois da reunião com o americano, o responsável de segurança israelense declarou que o país não tem intenção de iniciar uma “guerra total”. “Estamos de olho aberto e sabemos que eles estão tentando dividir nossa força. Sabemos que eles estão tentando nos arrastar para esse confronto com eles, para nos fazer cometer um erro e estamos tentando fazer o nosso melhor para não cair nessa armadilha”, disse, se referindo ao Hezbollah.
Fonte: Veja.