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Home Arqueologia Bíblica Os Judeus De Rodes
Arqueologia Bíblica

Os Judeus De Rodes

por Últimos Acontecimentos 22/07/2016
por Últimos Acontecimentos 22/07/2016 737 Visualizações

22 de julho de 2016.

Rodes já foi denominada “Pequena Jerusalém” pela importância da comunidade judaica que lá vivia, e, segundo uma tradição histórica, desde os romanos, e, pelas ieshivot que havia na ilha assim como pela sabedoria e cultura dos judeus que lá viviam.

A partir do século 15, com a Inquisição espanhola, emigrou para Rodes um grande contingente de sefaradim da Espanha. Foi então introduzido o ladino, idioma derivado do espanhol, que incorporou palavras hebraicas.

Além de Rodes, grupos de sefaraditas também se radicaram em Salônica, Istambul e Izmirna. No período do apogeu, até 1920, havia na ilha mais ou menos 4.000 judeus, que amavam o local e sentiram deixá-lo, como mostram as palavras de Isahar Avzaradel, em “Saudades de Rodes”. Avzaradel deixou a ilha no final da década de 1940 e se estabeleceu no Rio de Janeiro.

A sinagoga, monumento raro do século 16

Das quatro sinagogas e três casas de orações que existiam em Rodes antes da 2a Guerra Mundial, só restou a Kahal Kadosh Shalom, de 1577, segundo a pequena placa de mármore, onde se lê “Kislev 5338”. O interior da sinagoga Kahal Kadosh Shalom segue o estilo tradicional sefaradita, que tem a bimá no meio do santuário, na direção do sudeste, apontando para Jerusalém.

Excepcionalmente, há duas Tábuas da Lei, uma de cada lado da grande porta central, que dá para o pátio. O piso é decorado com mosaicos brancos e negros, que, por muitos séculos, caracterizaram a Cidade Velha.

No pátio há uma fonte, da mesma época da sinagoga, usada pelos Cohanim, antes de abençoar a congregação. À entrada encontra-se outra fonte, utilizada para lavar as mãos antes de entrar na sinagoga. No interior do edifício, um balcão, de 1935, é reservado às mulheres durante o serviço religioso; em outro pátio fica a biblioteca, que fazia parte da ieshivá, destruída em 1944. Próximo à Cidade Velha está situado o cemitério judaico.

Na praça próxima à sinagoga ergue-se um monumento em memória aos 1.604 judeus mártires de Rodes e de Cós, mortos nos campos de concentração nazistas, em 1944. Há um pequeno texto alusivo a esse episódio trágico em hebraico, inglês, francês, italiano, grego e espanhol. De fato, em 23 de julho de 1944, os alemães ocuparam Rodes e os membros da comunidade judaica foram deportados para Auschwitz – pouco mais de uma centena de pessoas sobreviveram ao Holocausto. Do lado externo da sinagoga há uma placa com os nomes das vítimas.

Não há um rabino para os serviços religiosos em Rodes, mas quando, no verão, a ilha é visitada por antigos moradores ou seus descendentes, o Shabat é celebrado. Em Rosh Hashaná e Yom Kipur são convidados rabinos de fora, consagrando a Kahal Kadosh Shalom como a mais antiga sinagoga atuante de todo o país. Rodes está ligada à organização Comunidades Judaicas da Grécia, com sede em Atenas, e esse órgão central é responsável pela sinagoga e pelo cemitério, além de cuidar de outras instituições da comunidade.

Quando os nazistas capturaram os judeus indefesos, em Rodes e pequenos povoados próximos, exigiram que levassem seus valores para deles se apropriar: jóias, moedas de ouro, alianças de casamento, notas bancárias. Nesses momentos de extrema crueldade e irracionalidade, às vezes se vislumbra a chama de uma atitude digna – o cônsul da Turquia em Rodes interveio junto às autoridades alemãs e conseguiu poupar os judeus de nacionalidade turca, vindo a receber o reconhecimento de Yad Vashem.

No dia 23 de julho de 1944 mais de 1.600 judeus, entre homens, mulheres, crianças e idosos foram retirados de Rodes, passando por Leros, e encaminhados ao campo de concentração de Haïdari, perto de Atenas.

No trajeto, muitos morreram de fome ou torturados. Quando chegaram a Auschwitz, os nazistas eliminaram, de saída, nas câmaras de gás, os que não estavam aptos para o trabalho forçado: idosos, doentes e crianças.

Quando as forças aliadas chegaram a Auschwitz, Dachau, Bergen-Belsen, Mauthausen e outros campos de concentração, em 1945, a maioria das pessoas que encontraram ainda com vida já não tinham mais condições de sobrevivência – eram, literalmente, pele e ossos.

Os sobreviventes não retornaram a Rodes – não havia mais família nem amigos. Muitos preferiram reencontrar parentes na África ou na América, outros se estabeleceram em Israel e em diversas partes da Europa.

Os gregos conquistaram Rodes no ano 1000 a.e.C. e são dessa época as primeiras informações históricas sobre essa região mediterrânea, a 30 quilômetros do território continental da Turquia.

Desde então, Rodes passou por diversas dominações: Pérsia, Esparta, Império Romano, Império Bizantino e Islã. Em 1307 e.C. foi doada aos Cavaleiros de São João de Jerusalém, que construíram o forte, como também o muro que cerca a cidade, onde se localizava a Juderia.

Houve ainda, no século 20, a dominação dos turcos (que ocuparam Rodes por quase quatro séculos), italianos, a tragédia da ocupação nazista, um curto período inglês, até o retorno à Grécia.

Após quase quatro séculos de dominação turca, Rodes foi ocupada pela Itália, durante a guerra turco-italiana, em 1912. “O período de ocupação durou até 1923, quando Rodes passou a ser italiana, pelo Tratado de Lausanne.

Quando os italianos invadiram Rodes, a ilha era habitada por judeus, por turcos, que viviam na “Turqueria”, também intramuros e ligada à “Juderia”, e por gregos, que formavam 90% da população e moravam nas numerosas aldeias espalhadas pela ilha.

Alguns gregos residiam na parte “urbana” de Rodes, mas fora da cidade murada, em bairros próprios, chamados marash. Esse termo significa “fora da cidade”, “subúrbio”. Para a maioria dos autores a população nessa época compreendia 5.000 turcos, 4.300 gregos e 4.500 judeus. Outros pesquisadores calculam a população judaica entre 2.445 e 3.486 pessoas”.

Durante o período de dominação italiana, que durou 32 anos, a comunidade judaica floresceu e se modernizou. Abriram-se os portões da Juderia, a partir de 1912, quando teve início a ocupação italiana. Anteriormente esses portões eram fechados todas as noites, desde a Idade Média, na época dos Cavalheiros de São João.

A decadência da comunidade judaica de Rodes teve como causa as perseguições decorrentes das leis raciais, quando a Itália se aliou à Alemanha, culminando com a tragédia do Holocausto – sobreviveram 151 judeus e atualmente apenas 35 vivem na ilha.

De 1945 a 1947 os ingleses foram responsáveis pela administração de Rodes e das ilhas vizinhas. Os judeus haviam deixado a ilha e permaneceu apenas a família Soriano. O pai, Élia, e depois o filho, Maurice, presidiram os destinos da comunidade por mais de 50 anos, com extrema dedicação.

Em março de 1948, finalmente, Rodes retornou à Grécia. Em memória à tragédia dos judeus que lá viveram, a “Calle Antica” passou a se denominar “Platia Martiron Evréon” (Praça dos Mártires Judeus), gesto que sensibilizou seus descendentes.

Rodes, cheia de beleza e tradição, vem restaurando, aos poucos, uma história de glória e também de tragédia. O esplendor da natureza e a alegria dos seus habitantes não conseguiram suplantar a irracionalidade do período nefasto que atravessou – a reconstrução de Rodes e de seus monumentos judaicos tem exigido paciência e dedicação. É como recolocar velhos mosaicos, um a um, no chão da sinagoga, nos pátios e nas velhas casas da ilha.

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