Os palestinos não estão realmente rompendo laços econômicos e de segurança com Israel e os EUA, de acordo com mensagens discretas que passam de Ramallah a Jerusalém no domingo, 2 de fevereiro. Esses laços ainda estão vivos e bem, apesar das ordens divulgadas publicamente pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em sua resposta furiosa ao plano de paz de Trump.
Essas mensagens explicaram ainda que a retórica ardente de Abbas se destinava principalmente aos ouvidos dos governantes árabes – e não à execução prática.
No dia seguinte ao lançamento do plano de paz em Washington, Abbas permitiu que seus tenentes seniores recebessem a diretora da CIA Gina Haspel em Ramallah – quase indícios de um boicote palestino aos laços com os americanos. Fontes de DEBKAfile em Washington informam que os funcionários do governo ficaram furiosos com os palestinos por terem divulgado sua visita, apesar do compromisso de mantê-lo escuro.
As mesmas autoridades continuam pressionando Israel a não declarar soberania sobre os assentamentos da Cisjordânia antes de sua eleição geral em 2 de março, contrariando a redação do plano Trump. O primeiro ministro Benjamin Netanyahu, que havia planejado um anúncio imediato, reverteu sua decisão e não declarará a anexação da cidade de Maele Adummim, perto de Jerusalém ou do vale do Jordão nos próximos dias.
Ele pode simplesmente buscar um alvo menor como um gesto simbólico com a promessa de fazer mais após a eleição. Uma decisão sobre isso ainda está sendo ponderada em Jerusalém.
Quanto aos palestinos, o presidente egípcio Abdel-Fatteh El-Sisi rejeitou firmemente os apelos das nações muçulmanas, lideradas pela Indonésia, para permitir que o líder do Hamas Ismail Haniyeh retorne para casa na Faixa de Gaza.
Ele está afastado de casa com 12 altos funcionários do Hamas porque o Cairo está se recusando a conceder sua entrada. As atuais barragens de foguetes e balões do Hamas contra Israel devem pressionar Sisi a ceder. Haniyeh e seu partido estão sendo punidos por violar uma promessa escrita ao Cairo de não incluir o Irã em sua turnê estrangeira como condição para a permissão de viajar a bordo.
Esse grupo, no entanto, foi filmado em Teerã abraçando oficiais iranianos no funeral do general iraniano Qassem Soleimani assassinado pelos EUA.
Enquanto os egípcios mantiverem a porta fechada contra o retorno de Haniyeh para casa, o Hamas pretende manter as barragens contra as comunidades israelenses. Isso deixa ao governo interino em Jerusalém resolver uma situação gerada em outro lugar.