A Índia é um país diverso e com grande presença internacional, como membro do BRICS e com as produções cinematográficas de Bollywood. No entanto, para além das aparências, milhares de cristãos são perseguidos nas áreas remotas do país, o que garante à Índia a posição 11o entre os Países Mais Perigosos para os Cristãos.
Ideologia hindutva
Tanto o hinduísmo como o budismo de originaram na Índia e costumavam ser considerados pacíficos. Mas, desde a década de 1990, o hinduísmo assumiu um caráter muito mais violento.
Esse cenário se intensificou em 2014, com a ascensão do Partido do Povo Indiano (BJP) que segue a ideologia Hindutva, a qual afirma que apenas os hindus são os verdadeiros indianos e que todas as outras religiões, como o cristianismo e o islã, são estrangeiras e devem ser erradicadas do país. O conflito recente no estado de Manipur é um dos frutos dessa mentalidade.
Leis anticonversão
As leis anticonversão são também uma das maiores ferramentas de perseguição. Elas foram aprovadas para “evitar conversões à força de hindus ao cristianismo”, porém, são usadas para acusar falsamente pastores e líderes que trabalham nas comunidades.
Muitas vezes, essas acusações resultam em prisões injustas e no fechamento de igrejas domésticas. Os extremistas procuram pastores, suas esposas e filhos como alvos dos ataques.
Os cristãos que mais estão em risco são os de origem hindu. Cada vez mais, os convertidos tribais estão sendo ameaçados, boicotados socialmente, expulsos, negados a beber água, violentados sexualmente e até assassinados. Eles estão concentrados principalmente no Nordeste da Índia, entre os grupos de nagas, kukis, khasis e mizos.
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