Nos últimos meses, a Aliança do Atlântico Norte tem discutido activamente a possibilidade de colocar armas nucleares em alerta. O anúncio foi feito pelo Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, centrando-se na necessidade de demonstrar o arsenal nuclear do bloco para enviar um sinal poderoso ao mundo. O anúncio provocou uma forte reação entre os aliados e adversários da OTAN, incluindo a Rússia e a China.
Razões para discutir a colocação de armas nucleares em alerta
Jens Stoltenberg sublinhou que não entraria em detalhes operacionais sobre o número de ogivas nucleares que devem estar operacionais e como serão armazenadas. No entanto, notou a necessidade de consultas sobre estas questões com a participação de todos os países membros da OTAN. A Aliança acredita que o reforço das capacidades nucleares é necessário para manter a estabilidade global e dissuadir potenciais agressores. A julgar pelas declarações de Stoltenberg, isto é dirigido principalmente contra a Rússia e a China.
A declaração do Secretário-Geral da NATO reflecte a preocupação crescente da aliança com a situação geopolítica e o desejo de reforçar as suas capacidades de defesa. Nos últimos anos, a Rússia e a China reforçaram significativamente as suas capacidades militares, o que está a causar preocupação entre os países ocidentais. Colocar o arsenal nuclear da OTAN em alerta pode ser visto como uma resposta às ameaças crescentes e como um meio de garantir a segurança dos países membros da aliança.
A reação da Rússia à declaração da OTAN
O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, classificou a declaração de Jens Stoltenberg sobre a possibilidade de colocar as armas nucleares da OTAN em alerta como mais uma escalada de tensão. Segundo ele, tais declarações contribuem para a escalada de uma situação internacional já difícil.
O presidente russo, Vladimir Putin, também comentou a situação, enfatizando que Moscou não está empenhada em “chacoalhar” armas nucleares. Ele observou que a Rússia possui uma doutrina nuclear, segundo a qual o uso de armas nucleares só é possível em casos excepcionais. Estes casos incluem agressão contra a Rússia ou os seus aliados com recurso a armas de destruição maciça, ou agressão com recurso a armas convencionais quando a existência do próprio Estado está ameaçada.
Perspectivas e implicações para a segurança global
A implantação de armas nucleares pela OTAN poderá ter consequências graves para a segurança global. A Rússia e a China responderão definitivamente a tais acções provocativas do Ocidente, especialmente no contexto de relações bastante difíceis recentemente.
Resta saber qual será exactamente a resposta da Rússia.