O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, realizaram em Bruxelas uma reunião nesta quinta-feira (16) para discutir a cooperação entre o bloco e Kiev, bem como as tensões na fronteira russo-ucraniana.
Stoltenberg afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte continua com seu alargamento, apesar dos protestos de Moscou a este respeito. Ele lembrou que a OTAN convidou Montenegro e a Macedônia do Norte a fazerem parte da organização.
“A OTAN tem provado ao longo dos últimos anos que a nossa política de ‘portas abertas’ não é algo que apoiamos apenas em palavras, mas também em ações, em parte convidando dois novos países, Montenegro e a Macedônia do Norte, para se tornarem membros. Ao longo dos últimos anos ampliámos a Aliança com dois novos membros, apesar dos protestos da Rússia. E também estamos apoiando os esforços da Ucrânia para se aproximar da adesão à OTAN”, disse Stoltenberg.
Ele acrescentou que os membros do bloco permanecem comprometidos com suas políticas e contribuirão para a aspiração da Ucrânia em aderir à aliança.
“Eu estive presente na cúpula da OTAN em Bucareste em 2008, quando todos os aliados concordaram que a Ucrânia se tornará membro da OTAN. E mantemos essa decisão e as decisões tomadas após a cúpula de Bucareste sobre a questão da possibilidade de a Ucrânia se tornar membro da OTAN” afirmou secretário-geral.
Segundo ele, a Rússia deve entender que Kiev pode escolher o rumo do país e que o destino da adesão da Ucrânia ao bloco será decidido pelos aliados.
Contudo, o chanceler da Ucrânia, Dmitry Kuleba, após as conversações entre presidente ucraniano e secretário-geral do bloco notou que Stoltenberg não respondeu à questão em que ano o país se tornará membro de pleno direito da OTAN.
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin chamou de “linhas vermelhas” o avanço da aliança para leste e a implantação de armas ofensivas da OTAN na Ucrânia.