A Rússia avança para “tomar o controle de todo o Donbass”, região no leste da Ucrânia, e criar “uma ponte terrestre com a Crimeia”, território anexado por Moscou em 2014, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta terça-feira (5).
“Nas próximas semanas, esperamos um avanço russo no leste e sul da Ucrânia para tentar tomar o controle de todo o Donbass (…). Estamos em uma fase crucial da guerra”, alertou, em coletiva de imprensa, na véspera de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da Aliança.
“As tropas russas deixaram a região de Kiev e o norte da Ucrânia. (O presidente) Vladimir Putin está movendo um grande número de tropas para o leste, em direção à Rússia. Elas vão se rearmar, receber reforços porque sofreram muitas perdas e se reabastecer para lançar uma nova ofensiva altamente concentrada na região do Donbass”, explicou.
“É nesta região onde se concentra a maioria das forças ucranianas”, destacou.
“Este movimento das forças russas vai demorar algumas semanas, antes que lancem uma grande ofensiva. É essencial que os aliados apoiem os ucranianos, os ajudem a se rearmar para permitir que se defendam”, insistiu.
Os ministros das Relações Exteriores da Otan vão conversar na quinta-feira com seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba sobre as necessidades das forças ucranianas, disse o chefe da Otan.
“Não quero dar mais detalhes, mas está em análise o fornecimento de armas antitanques e de sistemas de defesa antiaéreos”, acrescentou. Stoltenberg afirmou que teme “novas atrocidades” em outros territórios da Ucrânia que estiveram sob controle russo nessas semanas e denunciou “crimes de guerra”.
Stoltenberg afirmou que teme “novas atrocidades” em outros territórios da Ucrânia que estiveram sob controle russo nessas semanas e denunciou “crimes de guerra”. “Temo que seremos testemunhas de outras atrocidades. Os russos ainda controlam uma parte do território ucraniano.
Quando essas áreas forem recuperadas [pelos ucranianos], corremos o risco de encontrar mais valas comuns, mais atrocidades, mais exemplos de crimes de guerra”, afirmou.
Fonte: AFP.