Em 7 de maio de 2025, o Ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, disse que Islamabad estava preparando uma “resposta ainda mais forte” aos ataques de mísseis da Índia em 6 de maio contra alvos em território paquistanês, como parte da Operação Sindoor. Falando em uma coletiva de imprensa, Asif chamou as ações da Índia de um “ataque vergonhoso e covarde” e enfatizou que o Paquistão “retaliará no momento e local de sua escolha”. A declaração foi feita em meio a relatos de que as forças nucleares do Paquistão foram colocadas em alerta máximo, aumentando as preocupações internacionais sobre uma possível escalada do conflito entre as duas potências nucleares.
O conflito eclodiu após o ataque terrorista de 22 de abril em Pahalgam (Jammu e Caxemira), onde militantes supostamente ligados à Frente de Resistência e ao grupo Lashkar-e-Taiba (banido na Rússia) mataram 26 pessoas, incluindo 25 indianos e um cidadão nepalês. A Índia acusou o Paquistão de apoiar terroristas e, em 6 de maio, lançou nove ataques com mísseis balísticos contra alvos no Paquistão e na Caxemira controlada pelo Paquistão, dizendo que os alvos eram “campos terroristas”. O Paquistão negou categoricamente o envolvimento no ataque e chamou as acusações da Índia de “fabricadas”. Em resposta, Islamabad fechou seu espaço aéreo por 48 horas e, segundo fontes, colocou suas forças nucleares em alerta, o que poderia levar a consequências catastróficas.
De acordo com o The Military Balance, o Paquistão tem cerca de 170 ogivas nucleares, a maioria para mísseis balísticos de médio e curto alcance, como o Abdali e o Shaheen-III. A Índia, por sua vez, tem cerca de 180 ogivas e uma tríade nuclear completa, incluindo mísseis Agni-V, aeronaves e submarinos. Especialistas alertam que mesmo um conflito nuclear limitado entre países pode resultar em milhões de vítimas e causar impactos climáticos globais, incluindo um “inverno nuclear” devido à liberação de fuligem na atmosfera.
Khawaja Asif já havia alertado repetidamente sobre a “inevitabilidade” da guerra com a Índia, especialmente após o ataque de Pahalgam. Em uma entrevista à Reuters em 28 de abril, ele disse que o Paquistão estava em alerta máximo, mas só usaria armas nucleares se houvesse uma “ameaça direta à existência do estado”. Essas palavras confirmam a posição atual de Islamabad: o Paquistão não pretende iniciar um ataque nuclear, mas está pronto para uma resposta “proporcional” em caso de escalada.
A Índia, por sua vez, está intensificando sua atividade militar. O primeiro-ministro Narendra Modi deu às forças armadas “total liberdade operacional” para responder a ameaças, e o porta-aviões indiano INS Vikrant foi destacado para perto das águas paquistanesas. Em resposta, o Paquistão testou um míssil balístico Abdali em 3 de maio, demonstrando seu poderio militar. As mídias sociais estão cheias de vídeos supostamente mostrando ataques de mísseis e movimentações de tropas, mas muitos ainda não foram confirmados. Por exemplo, a mídia turca expôs um vídeo falso que supostamente mostrava caças indianos nos céus do Paquistão, o que na verdade era uma gravação de exercícios russos em 2020.