A “Lista Unida”, que agrupa os partidos árabes em Israel e que elegeu 13 deputados, anunciou neste domingo (22) que apoia o ex-general Benny Gantz, cujo partido foi o primeiro nas eleições do país, a ser o novo primeiro-ministro do país, de acordo com a agência de notícias France Presse.
Em um artigo publicado no jornal New York Times minutos antes de uma reunião com o presidente israelense, Reuven Rivlin, o chefe da lista de deputados árabes, Ayman Odeh, anunciou que apoiava Gantz a se encarregar do próximo governo.
O partido centrista Kahol Lavan (“Azul-Branco”) de Gantz conquistou 33 cadeiras das 120 do Parlamento nas legislativas de terça-feira, contra 31 para o Likud (direita) de Netanyahu, primeiro-ministro e a pessoa que passou mais tempo à frente do governo na história de Israel.
Segundo a agência Reuters, com o apoio deste domingo, Gantz passa a liderar um bloco de 57 assentos na coalizão de centro-esquerda, contra 55 de Netanyahu.
Nenhum deles ainda conseguiu chegar a 61 cadeiras, o que representa a maioria absoluta na Knesset (Parlamento israelense).
O ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, cujo partido conseguiu 8 assentos e ainda decidiu se apoia Gantz ou Netanyahu pode definir qual dos dois terá maioria para governar.
Escolha
Neste domingo, Rivlin iniciou consultas para decidir quem, entre o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ex-general Benny Gantz, será o responsável por formar um governo de coalizão no país.
O presidente de Israel, com um cargo praticamente simbólico, terá um papel político chave nos próximos dias ao designar quem será responsável por formar o governo. Rivlin pediu a formação de um governo “estável” que inclua o Likud e o Partido Azul-Branco.
“Estou convencido de que um governo estável deve ser formado com os dois grandes partidos. É a vontade do povo … ninguém quer uma terceira eleição”, disse o presidente israelense.
Em Israel a tentativa de formar o governo não cabe de fato ao líder do partido que conquista mais cadeiras no Parlamento: a questão é objeto de consultas entre o presidente e os partidos, que recomendam os candidatos.
Rivlin não necessariamente é obrigado a escolher o líder político com o maior número de recomendações. Ele pode seguir seu instinto.
Se nenhum deles conseguir uma coalizão majoritária, poderão ser convocadas terceiras eleições.
Fonte: G1.