O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na terça-feira ao governo do Líbano que desarme o Hezbollah, dizendo que isso representa uma ameaça para a missão de manutenção da paz da ONU, na fronteira entre Israel e Líbano.
Estabelecida em 1978 para equipar uma zona tampão entre Israel e Líbano, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) há muito sofre nas mãos do grupo terrorista apoiado pelo Irã. O Hezbollah entrou em conflito com as tropas da UNIFIL várias vezes ao longo dos anos e restringiu seus movimentos por todo o sul do Líbano, minando grosseiramente seu mandato.
A organização xiita foi designada como grupo terrorista por vários países ocidentais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Argentina, Paraguai e Israel, além do Bahrain, membro da Liga Árabe. Alguns países, como Austrália, França e Alemanha, apenas classificam a ala militar do Hezbollah como uma organização terrorista.
Na terça-feira, Guterres divulgou um novo relatório confirmando as alegações israelenses de que as forças da UNIFIL no sul do Líbano não podem cumprir sua missão em áreas controladas pelo Hezbollah. O relatório também expressou preocupação com o ataque do Hezbollah a um veículo das Forças de Defesa de Israel no norte de Israel em setembro.
O ataque, escreveu Guterres, “reflete o crescente perigo apresentado por grupos armados que operam fora do controle do governo libanês”, violando a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU.
“O governo libanês deve tomar as medidas necessárias para desarmar o Hezbollah e outros grupos no sul do Líbano”, concluiu.