Em declaração a jornalistas nesta quinta-feira (12), autoridades israelenses agradeceram o apoio da comunidade internacional a Israel e direcionaram críticas ao Irã no contexto da guerra declarada contra o Hamas após os ataques do dia 7.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, e o tenente-coronel Amnon Sheffler, das IDF, atribuíram ao Irã a responsabilidade de financiamento e treinamento de organizações terroristas, que possibilitaram os atentados da semana passada.
“O Irã é o principal financiador de terrorismo em toda a região do Oriente Médio”, disse Haiat.
Já segundo Sheffler, o Irã tem participação direta no financiamento de todas as organizações que se colocam na linha de frente da Jihad, a “guerra santa” perpetrada por fundamentalistas.
“Não estou falando especificamente deste ataque, mas em geral. O suporte está relacionado à capacidade de agir do Hamas nos últimos 15 anos”, diz o tenente-coronel.
“Por muitos anos, o Hamas construiu essa estrutura. Precisamos relembrar a todos que, infelizmente, em vez de construir infraestrutura, eles tomaram o tempo e recursos para desenvolver o terrorismo”, afirmou.
Tanques israelenses bombardeiam a Faixa de Gaza
Angústia com reféns
Além dos porta-vozes, uma mãe de refém levado pelo Hamas para Gaza foi ouvida. Maayan Sherman contou que seu filho estava em período de descanso entre turnos nas redondezas da região da Faixa de Gaza quando a invasão do Hamas começou.
Ela relata que o filho compartilhou mensagens assustado pouco antes de ser capturado. No último contato, o rapaz havia sido levado para Gaza, mas estava vivo.
“Demos nos filhos para servir o país, e agora eles foram tomados de nós. Não podemos viver desta forma. Precisamos saber se eles estão vivos ou mortos”, disse.
“O que o governo fará sobre os reféns? Todos querem exterminar a Faixa de Gaza do mapa, mas e os reféns? E se os aviões bombardearam os cativeiros? Não estamos matando apenas os terroristas, os reféns também estão lá”, completou.
Em resposta, Amnon Sheffler, das IDF, disse que os bombardeios realizados por Israel têm como alvo apenas instalações militares do Hamas. E que o cuidado e resgate dos reféns é umas das máximas prioridades das forças israelenses.
“Temos certeza de que deixamos o mínimo de civis feridos e mortos, é algo que botamos muito esforço. Nossos reféns são uma clara prioridade e os tomamos em consideração de todas as maneiras que podemos”, disse Sheffler.
“Há dois generais especificamente nesse assunto, para trazê-los de volta da melhor forma possível”, completou.
Agradecimento ao apoio
Os porta-vozes também aproveitaram para agradecer ao apoio da comunidade internacional a Israel. O porta-voz do Ministério da Relações Exteriores agradeceu as manifestações de seus pares e, em especial, a visita do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
“O apoio de todos é importante para nós. É uma dura e longa guerra, estamos lutando contra organizações terroristas que são monstros”, afirmou, negando que haja conversas com palestinos para um cessar fogo.
“Ainda há terroristas em nosso território, ainda estão lançando mísseis em nosso território, e ainda tentam passar nossas fronteiras. Não há negociação no momento”, disse Haiat.
Blinken fez uma visita a Israel nesta quinta-feira (12) para se reunir com primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e autoridades israelenses. Após a reunião, Blinken fez um pronunciamento para reforçar o apoio americano ao estado de Israel e fez um apelo para que as demais nações repreendam as ações do Hamas.
“Não há justificativa para as atrocidades do Hamas. (…) A falha em condenar os atos de terrorismo não põe em risco apenas o povo de Israel, mas de todo o mundo. Veja o que aconteceu: indivíduos de 36 países foram mortos ou estão desaparecidos depois dos ataques”, disse Blinken.
“O Hamas só tem uma agenda, destruir Israel e assassinar judeus.”
No sexto dia de guerra entre Israel e Hamas, já são mais de 2,7 mil mortos.
Fonte: G1.