Um israelense foi ferido em um ataque a tiros na fronteira de Gaza nesta quarta-feira (29), disseram os militares, na esteira de uma visita do presidente palestino, Mahmoud Abbas, a Israel. O Hamas, o grupo que governa a região de Gaza, criticou a ida de Abbas a Israel.
Os militares israelenses disseram ter reagido aos tiros com disparos de tanque visando posições do Hamas na Faixa de Gaza, ao norte.
Mais tarde, o exército israelense bombardeou vários locais em Gaza identificados como imóveis onde o Hamas tem instalações, informaram fontes locais.
O ataque do exército israelense, direcionado a quatro pontos das brigadas Al Qasam, o braço armado do Hamas, feriu dois agricultores. O incidente ocorreu no último dia de um treinamento das facções armadas em Gaza.
Segundo um comunicado do exército israelense, os disparos dos tanques apontaram contra vários postos militares do Hamas no norte de Gaza, e foram lançados depois que um civil israelense foi ferido perto da cerca que separa Israel do enclave palestino, submetido a um bloqueio.
Visita do líder palestino
O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, recebeu Abbas em sua casa na noite de terça-feira, a primeira visita do tipo do líder palestino apoiado pelo Ocidente a Israel em mais de uma década, mas ela sinalizou poucas perspectivas de uma retomada das negociações de paz travadas há tempos.
Após as conversas, o Ministério da Defesa israelense anunciou uma série do que descreveu como “medidas para criar confiança” que facilitariam a entrada de centenas de empresários palestinos em Israel.
Em Gaza, Hazem Qassem, um porta-voz do Hamas, disse que, ao se encontrar com Gantz, Abbas estava “aprofundando as divisões políticas palestinas” e incentivando uma acomodação com “a ocupação”, termo que o grupo militante islâmico usa para descrever Israel.
Ninguém assumiu de imediato a autoria do ataque a tiros que partiu de Gaza, que os militares israelenses disseram ter ferido levemente um civil. A fronteira está essencialmente tranquila desde a guerra de 11 dias entre Israel e militantes de Gaza em maio.