A Coreia do Norte intensificou seus testes de novas armas nos últimos cinco anos, demonstrando a sofisticação de seu arsenal bélico. O novo avanço norte-coreano seria um drone submarino capaz de criar “tsunami radioativo” que destruiria frotas de ataque naval e portos.
Pyongyang afirma que suas forças nucleares são capazes de destruir seus rivais e, com frequência, realiza testes de armas provocativos, cujos resultados são divulgados com detalhes.
Especialistas estrangeiros questionam o real poderio bélico nuclear do país. Apesar da superioridade militar da aliança formada por seus rivais Estados Unidos e Coreia do Sul, os novos sistemas testados por Pyongyang podem causar danos reais em caso de uma guerra.
Não há dúvidas de que a Coreia do Norte possui bombas nucleares e mísseis com capacidade para alcançar o continente nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. O que não está claro é se o país já dominou a complicada engenharia necessária para juntar as bombas e os mísseis.
Confira os novos sistemas bélicos testados por Pyongyang nos últimos anos:
Mísseis balísticos de curto alcance
Desde 2019, após o fracasso do diálogo com Washington, a Coreia do Norte começou a testar esses novos sistemas para renovar seu arsenal tático e dotá-lo com capacidade nuclear. Em termos operativos, essa é a ameaça mais real atualmente devido à proximidade do território sul-coreano e de bases americanas presentes na região.
O KN-25 é um lançador de mísseis múltiplos de grande calibre. O KN-23 e KN-24 são mísseis de curto alcance que operam com combustível sólido e podem traçar trajetórias não completamente balísticas, o que torna difícil sua interceptação. Esses sistemas são chamados de armas nucleares “táticas”.
Aparentemente inspirado no russo Iskander, o KN-23 parece ser o sistema preferido do regime devido à quantidade de testes realizadas e as variações de desenho do projétil ou de suas plataformas de lançamento. Esse tipo de míssil é projetado para ser manobrável e voar baixo, teoricamente oferecendo uma melhor chance de burlar os sistemas de defesa antimísseis sul-coreanos e americanos.
Segundo a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA, esses sistemas de artilharia novos podem transportar ogivas nucleares, e apenas quatro mísseis seriam suficientes para acabar com uma base aérea. A capacidade nuclear desses sistemas não foi confirmada de forma independente.
Embora o país consiga colocar ogivas nucleares simples em alguns de seus mísseis antigos, como o Scuds e Rodong, provavelmente mais avanços tecnológicos e mais testes nucleares para a construção de ogivas menores e mais desenvolvidas seriam necessários para seu uso nos novos sistemas táticos, avaliam especialistas.
Míssil hipersônico
Mencionado pela primeira vez no oitavo congresso do único partido da Coreia do Norte, em janeiro de 2021, o míssil hipersônico começou a ser testado em diferentes variações naquele mesmo ano.