A abolição do embargo de armas contra o Irã fortaleceria o governo daquele país e ameaçaria a segurança em todo o Oriente Médio, disse a repórteres o representante especial de Washington para o Irã e conselheiro sênior do secretário de Estado dos EUA, Brian Hook.
“O levantamento da proibição ao Irã apenas reforçará o regime e criará mais instabilidade na região”, declarou Hook durante uma entrevista coletiva na Arábia Saudita.
O embargo em vigor limitou a capacidade de Teerã de atualizar sistemas de armas, reexportar tecnologias para outros países e melhorar suas capacidades marítimas, declarou o enviado dos EUA.
“O embargo limita a capacidade do Irã de mover armas livremente”, acrescentou.
Em 2015, o Irã assinou o Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA), com China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e União Europeia (UE).
O acordo exigia que Teerã reduzisse seu programa nuclear e cortasse drasticamente suas reservas de urânio em troca de sanções, incluindo a suspensão do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo.
No entanto, em 8 de maio de 2018, os Estados Unidos abandonaram sua política conciliatória sobre o Irã, retiraram-se do JCPOA e atingiram as indústrias de petróleo iranianas com sanções.