Os rivais do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tentavam finalizar nesta segunda-feira uma coalizão que destronaria o líder veterano, e comentaristas políticos preveem uma luta acirrada.
Yair Lapid, chefe de centro da oposição, obteve o apoio do ultranacionalista Naftali Bennett no domingo para um governo “de mudança” de oponentes ideologicamente díspares.
O acordo, segundo o qual Bennett alternaria com Lapid no cargo de premiê, precisa ser finalizado até o prazo de meia-noite de quarta-feira.
Netanyahu, de 71 anos, é a figura política dominante de sua geração, e seus rivais têm pouco em comum além de um desejo compartilhado de emergir das sombras e do período inédito de tumulto político que causou quatro eleições inconclusivas em dois anos.
Na manhã seguinte à manobra de Bennett contra seu adversário de direita, o comentário político em Israel estava dividido em tudo, exceto a insensatez de se considerar Netanyahu fora do jogo.
“Ontem houve um acontecimento cuja importância não pode ser subestimada. Uma possibilidade real foi criada… um governo alternativo em cada sentido da palavra”, escreveu Sima Kadmon no Yedioth Ahronoth, o jornal israelense mais vendido.
Mas ela acrescentou: “Ainda não terminou. À espreita estão dias longos durante os quais Netanyahu fará absolutamente tudo para mudar o ímpeto”.
Esperando desacreditar Bennett e outros da direita que se recusaram a apoiá-lo, Netanyahu diz que estes cometem “a fraude do século” e que esta ameaçaria Israel.
Fonte: Reuters.