O presidente do Irã, Hasan Rohani, afirmou que soldados europeus no Oriente Médio “podem estar em perigo” depois que três nações desafiaram Teerã por causa do acordo nuclear de 2015, relata a agência da AP.
Em 5 de janeiro, Teerã anunciou que eliminaria os limites que o impedem de enriquecer urânio, mas enfatizou que continuaria a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A medida ocorreu três dias após os EUA realizar um ataque no aeroporto de Bagdá (Iraque), no qual o importante general iraniano Qassem Soleimani e outros 11 foram mortos.
Em resposta, o Reino Unido, a França e a Alemanha anunciaram que haviam ativado o mecanismo de disputa pela violação de Teerã pelos termos do acordo nuclear. Em uma declaração conjunta, eles afirmaram que as ações de Teerã “têm implicações não reversíveis na proliferação”.
Em um discurso divulgado na quarta-feira pela televisão iraniana, Hasan Rohaní criticou a idéia de substituir o acordo nuclear assinado em 2015 por um novo pacto e descreveu a proposta como “estranha” feita na terça-feira pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
O presidente iraniano propôs retornar à versão inicial do Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA) e indicou que Teerã pode recuar em sua decisão de reduzir seus compromissos sob o tratado.