O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que Moscou categoricamente não aceita a anexação das Colinas de Golã por Israel e a expansão do controle sobre o território sírio. O anúncio surge num contexto de crescente presença israelita na região, após a queda do regime de Bashar al-Assad.
De acordo com o Clash Report de recursos militares turcos, Israel capturou 368,3 km² de território sírio desde a mudança de poder na Síria. Atualmente, as unidades militares israelitas estão localizadas a menos de 20 quilómetros de Damasco, o que suscita sérias preocupações tanto entre a Rússia como entre outros participantes da comunidade internacional.
Ryabkov observou que as ações de Israel são uma violação do direito internacional e a Rússia apela a Tel Aviv para impedir novos avanços em território sírio. A Rússia insiste na necessidade de respeitar a integridade territorial da Síria e exige que Israel cesse as operações militares nesta região.
Entretanto, Israel continua a deslocar tropas para zonas fronteiriças, dizendo que é necessário garantir a segurança. Autoridades de Tel Aviv afirmam que as suas ações visam impedir que as capacidades militares do exército sírio e dos seus aliados sejam transferidas para as mãos de grupos armados de oposição que operam na região.
A situação na Síria continua extremamente instável. A queda do regime de Assad levou a uma redistribuição do poder e da influência no país, e as ações israelitas no sul da Síria estão a tornar-se cada vez mais ativas.