O governo russo disse nesta segunda-feira (9) que “terceiros países” podem se envolver na guerra de Israel contra o Hamas, que eclodiu no sábado (7).
A afirmação foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo agências de notícias estatais russas.
A Rússia, que mantém relações com os países árabes e com o Irã, o Hamas e também Israel, não se havia se posicionado no conflito até a última atualização desta notícia, mas defende a criação do Estado Palestino e pede, desde sábado, o fim da violência.
“Estamos extremamente preocupados”, disse Peskov.
Peskov não afirmou se a Rússia pretende apoiar um dos lados, mas disse que o governo russo está preocupado com a aproximação de navios de guerra dos Estados Unidos de Israel.
No domingo (8), o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou que o navio da Marinha norte-americana USS Gerald R. Ford Carrier navegasse no Mediterrâneo oriental como uma demonstração de apoio a Israel.
A embarcação é o porta-aviões mais modernos da Marinha dos EUA e tem capacidade para cerca de 5.000 marinheiros, um convés para aviões de guerra e cruzadores.
Segundo o porta-voz, Moscou acha que o conflito regional pode escalar e evoluir para uma guerra mais ampla no Oriente Médio.
Guerra
Israel responde a ataques terroristas do Hamas e bombardeia a Faixa de Gaza
Em uma ação inesperada, o Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza, atacou em Israel em diversas frentes no sábado (7). Em um ataque terrorista por terra, por mar e pelo ar, integrantes do grupo mataram e sequestraram civis e soldados israelenses.
Em reação, Israel declarou guerra e bombardeou Gaza. Nesta segunda, bloqueou ainda o acesso a água, comida e luz na região. Ao todo, cerca de 1.200 pessoas morreram desde o início do conflito, segundo autoridades dos dois lados.
Fonte: G1.