EUA falharam em dialogar com Irã e elevaram as tensões na região até o limite, declarou nesta quarta-feira a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
A alta funcionária da chancelaria russa apontou as contradições do governo Trump em sua atuação no Oriente Médio e, particularmente, nas relações com o Irã.
“Nova York. Sede da ONU. Segundo dia. A reunião ministerial sobre o bendito Plano de Ação Conjunto Global sobre o programa nuclear iraniano. Menos os EUA, que se retiraram do acordo com o seu atual presidente. Há uns dois anos, Trump chamou o plano de um mau negócio. Washington não ofereceu um ‘bom’, no entanto. Por outro lado, os diplomatas americanos conseguiram elevar as tensões na região ao limite extremo. E agora, Rússia, UE, Alemanha, França, China e Grã-Bretanha decidem como vai ser e o que é possível fazer”, escreveu Zakharova em sua conta no Facebook.
Os ministros das Relações Exteriores dos países citados pela representante da chancelaria russa se abstiveram de comentários na véspera da reunião na ONU.
O Plano de Ação Conjunto Global sobre o programa nuclear iraniano foi celebrado em 14 de julho de 2015 entre a República Islâmica do Irã, o sexteto (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia) e a União Europeia. O documento contemplava a suspensão das sanções contra Irã em troca das restrições ao programa nuclear iraniano.
Em maio de 2018, no entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada unilateral dos EUA do acordo e a restauração das sanções contra Teerã.
Um ano depois, Irã anunciou a sua gradual retirada do JCPOA, em resposta às medidas de Washington. O país islâmico, todavia, segue negociando uma solução com os países europeus, a Rússia e a China.
Fonte: Sputnik.