O vice-chanceler russo Sergei Ryabkov disse à Sputnik que a declaração da Casa Branca de que os EUA estão considerando a possibilidade de enviar os soldados ao Leste da Europa em caso de escalada da situação na Ucrânia é “um sinal provocativo”.
Em vez disso, Washington deve se focar na discussão das garantias de segurança propostas por Moscou, afirma o diplomata.
“Esses são sinais provocativos. Não se entende por que a administração americana está fazendo isso, em vez de se ocupar de maneira profunda e focada do caminho alternativo de reforço real da segurança que tem sido proposto pela Rússia sob forma das garantias mencionadas”, disse Ryabkov.
A declaração da chancelaria russa surgiu depois que a secretária de imprensa de Joe Biden, Jen Psaki, notificou que Washington está considerando o envio de tropas para o Leste Europeu caso a situação em torno da Ucrânia se deteriore.
Recentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, informou seu colega americano, Joe Biden, sobre o incumprimento dos acordos de Minsk pela Ucrânia e sabotagem dos compromissos, acrescentando que é precisamente a OTAN que está aumentando o potencial militar ao longo das fronteiras russas. Na segunda-feira (13), durante a conversa telefônica com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Putin indicou a ativa “exploração” militar do território ucraniano pelos países da OTAN, o que coloca em perigo a segurança da Rússia.
Também na segunda-feira (13), Ryabkov contou à Sputnik que os EUA “estão fixados de maneira estranha” na ideia de uma alegada “invasão russa da Ucrânia”, mas isso não é verdade e não o pode ser. Além disso, Washington não tem o direito, nem moral nem político, de questionar o que a Rússia faz no seu território.
Em resposta às acusações do Ocidente, Moscou afirmou várias vezes que não ameaça ninguém e que não pretende atacar qualquer nação, mas não vai ignorar as ações potencialmente perigosas para os seus interesses.