A Portas Abertas contou parte do testemunho de Jemal (pseudônimo). Ele teve a casa e os negócios destruídos na Etiópia e foi impedido de proteger e sustentar a família. Por dois meses, o cristão de origem muçulmana, sua esposa e filhos se refugiaram junto a outras 30 famílias em um complexo de igreja. Apesar da segurança do local, a experiência traumática da perseguição inicial o deixava ansioso.
A rejeição e a violência por parte de sua própria comunidade foram profundamente dolorosas. “Nascemos e crescemos naquela mesma aldeia. Toda a nossa família vive lá. Quando você enfrenta coisas assim de sua própria família, em sua própria aldeia, é profundamente doloroso. Isso realmente partiu nosso coração”, revela. Durante o período no complexo, o desespero era palpável, já que a família não tinha uma moradia estável: “Não tínhamos uma casa permanente para morar e um abrigo adequado. Mesmo alugar um lugar era inacessível devido aos altos custos”.
Assim como Jó, a fé de Jemal foi duramente provada:
“Perdi temporariamente a alegria de andar com Deus. Após a destruição da propriedade, minha filha hospitalizada e meus filhos dispersos. Isso realmente me feriu. Éramos família, compartilhávamos refeições e vivíamos juntos. E eu me senti muito triste. Senti vontade de me vingar dos agressores”.
No entanto, o Espírito Santo agiu no coração de Jemal, libertando-o desses sentimentos e levando-o ao arrependimento. A perseguição acabou fortalecendo sua fé em Jesus: “É surpreendente que agora eu sirva a Deus com fervor crescente. Louvado seja Deus! Agora possuo uma compreensão mais profunda de seu amor. Neste mundo você será odiado, será expulso. Agora conheço os significados dessas palavras”.
Socorro na angústia
A Portas Abertas agiu imediatamente para apoiar os cristãos atacados na comunidade de Jemal. Ele reconhece a importância dessa ajuda: “Graças a Deus, não morremos de fome e sede. A Portas Abertas respondeu rapidamente desde o início, fornecendo alimentos, não apenas quando estávamos deslocados, mas o suficiente para que pudéssemos levar para casa quando retornássemos”.
Além do apoio material, Jemal e outros cristãos receberam cuidados pós-trauma, essencial para a sua recuperação emocional. “Naquela época, eu me sentia profundamente ferido. Até esqueci do futuro dos meus filhos. Senti que havia perdido toda a esperança para o futuro. Desisti de tudo. Tive pensamentos de prejudicá-los e a mim mesmo. Eu havia desistido completamente”, confessa.
A organização também forneceu apoio financeiro para que Jemal pudesse comprar máquinas e materiais para iniciar um novo negócio de carpintaria e aço.
“Não teríamos outros meios de subsistência se a Portas Abertas não tivesse comprado esse equipamento”, ele reconhece.
Outros cristãos da mesma comunidade também foram apoiados para abrir seus próprios negócios: “Alguns começaram a fazer pão para vender, outros a costurar roupas, alguns abriram um restaurante”, ele conta.
O governo da Etiópia convidou Jemal e outros cristãos a voltarem para sua antiga comunidade. Apesar de ainda enfrentarem perseguição, eles olham para Jesus e encontram um novo motivo para ter esperança no futuro: “O Senhor é a fonte da minha esperança! Quando vejo a igreja cheia de pessoas, fico muito feliz. Quando me lembro dos muçulmanos que vieram de outra cidade para entregar suas vidas ao Senhor recentemente, isso me dá esperança. Eu viverei. O Senhor é fiel àqueles que se apoiam nele”, finaliza.
Apoie o sustento de famílias cristãs
Jemal recebeu socorro da Portas Abertas e agora consegue sustentar a família na Etiópia. Ajude outros cristãos como ele a abrirem pequenos negócios de agricultura, carpintaria ou fabricação de sabão. Doe agora!
