Três dias após o ataque a tiros que feriu o ex-presidente Donald Trump na cabeça, em um comício em Butler, na Pensilvânia, o Serviço Secreto dos Estados Unidos passou a reforçar sua investigação sobre as origens do atentado. Nesta terça-feira, 16, a autoridade anunciou que obteve informações sobre um plano do Irã para tentar assassinar o candidato. Cientes da tentativa, a segurança de Trump foi reforçada. A informação é da CNN Internacional.
Apesar do acesso às informações, fontes próximas ouvidas pela CNN disseram que não há indícios de que Thomas Matthew Crooks, o possível assassino que tentou matar o ex-presidente no sábado, 13, esteja conectado ao plano. A ameaça levantou novas questões sobre as falhas de segurança no comício da Pensilvânia.
“O Serviço Secreto soube do aumento da ameaça através dessa corrente de ameaças,” disse o funcionário à CNN. “O NSC (Conselho de Segurança Nacional dos EUA) contatou diretamente o nível sênior da USSS (Serviço Secreto dos EUA) para garantir que continuassem acompanhando as últimas informações. O USSS compartilhou essa informação com o líder da operação, e a campanha de Trump foi informada de uma ameaça em evolução. Em resposta à ameaça aumentada, o Serviço Secreto alocou mais recursos e ativos para a proteção do ex-presidente. Tudo isso foi antes do sábado.”
Resposta do Irã
Contatada pela CNN, a Missão Permanente da República Islâmica do Irã na ONU negou a existência do plano. “Essas acusações são infundadas e maliciosas. Do ponto de vista da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal de justiça por ordenar o assassinato do General Soleimani. O Irã escolheu o caminho legal para trazê-lo à justiça,” disse um porta-voz à reportagem.
A reportagem diz que a campanha de Trump não quis revelar se foi informada sobre a ameaça do Irã. O FBI, que conduz a investigação sobre o tiroteio, se recusou a comentar. O Serviço Secreto, no entanto, alertou a fontes próximas da CNN que o ex-presidente foi alertado sobre os riscos de participar de comícios ao ar livre.
Ataque a Trump em tiros
O FBI identificou o atirador como Thomas Mathiew Crooks, um homem branco de 20 anos de idade, que disparou do telhado de um prédio próximo ao local onde Trump foi ferido.
O agressor atingiu a orelha direita de Trump, matou um espectador do comício com um dos tiros e feriu gravemente outros dois, antes de ser morto por atiradores do Serviço Secreto.
Fonte: Exame.